Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Página da Semana

Caros amigos, damos continuidade a esta seção em nosso blog, destinada a trazer semanalmente uma página edificante do livro: Fonte Viva - Chico Xavier/Emmanuel. Que nos seja de grande utilidade.
2-MODO DE FAZER

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus..- Paulo. FILIPENSES 2:5.

Todos fazem alguma coisa na vida humana, mas raros não voltam à carne para desfazer quanto fizeram.

Ainda mesmo a criatura ociosa, que passou o tempo entre a inutilidade e a preguiça, é constrangida a tornar à luta, a fim de desintegrar a rede de inércia que teceu ao redor de si mesma.

Somente constrói, sem necessidade de reparação ou corrigenda, aquele que se inspira no padrão de Jesus para criar o bem.

Fazer algo em Cristo é fazer sempre o melhor para todos:

Sem expectativa de remuneração. Sem exigências. Sem mostrar-se.

Sem exibir superioridade.

Sem tributos de reconhecimento. Sem perturbações.

Em todos os passos do Divino Mestre, vemo-lo na ação incessante, em favor do indivíduo e da coletividade, sem prender-se.

Da carpintaria de Nazaré à cruz de Jerusalém, passa fazendo o bem, sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai.

Exalta o vintém da viúva e louva a fortuna de Zaqueu, com a mesma serenidade.

Conversa amorosamente com algumas criancinhas e multiplica o pão para milhares de pessoas, sem alterar-se.

Reergue Lázaro do sepulcro e caminha para o cárcere, com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes.

Não te esqueças de agir para a felicidade comum, na linha infinita dos teus dias e das tuas horas. Todavia, para que a ilusão te não imponha o fel do desencanto ou da soledade, ajuda a todos, indistintamente, conservando, acima de tudo, a glória de ser útil, "de modo que haja em nós o mesmo sentimento que vive em Jesus -Cristo".
O Espiritista

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O Espírito de Verdade

José Francisco Costa Rebouças

Como espírita que somos, procuramos dedicar toda a atenção aos ensinamentos da nossa doutrina, com a intenção de externar nossa própria interpretação sobre os diversos temas abordados por ela, perfeitamente fundamentados nos conceitos contidos na Codificação do Espiritismo, visto que, encontramos vários assuntos, que são comentados por muitos dos nossos confrades de maneira a nos deixar, perplexos, sem compreender o que dizem, pois, por mais que pesquisemos, não conseguimos encontrar respaldo na codificação elaborada pelos imortais da vida maior e tão bem realizada por Allan Kardec no Pentateuco espírita, para justificar tais interpretações.

Refiro-me, por exemplo, a um dos assuntos mais discutidos e que provoca muita polêmica entre os espiritistas, por se tratar de alguém tão importante para nós e que é o grande responsável pela doutrina que professamos, o “Espírito de Verdade”. Que muitos sustentam a opinião, de que se trata de uma falange de espíritos que reunidos firmaram os conceitos da codificação, do que discordamos, pois, temos a certeza pelo que encontramos noticiado nas obras espíritas, que é o próprio Jesus quem usa de tal denominação para se exprimir em diversas mensagens suas contidas nas obras básicas de Espiritismo.

Pois bem, quando digo que somos espíritas é porque só admito verdadeiramente discutir qualquer título, sob a ótica espírita, se claro, estiver fundamentado nos ensinos contidos na codificação, e, pesquisando-a, podemos verificar que O Espírito de Verdade, se manifesta isoladamente em várias comunicações contidas no Evangelho Segundo o Espiritismo e, em outras tantas, encontramos nomes de grandes trabalhadores desta obra insuperável como: Santo Agostinho, São Luiz, Fénelon, etc., que fizeram parte da coletividade dos mensageiros do Mestre, sem assinarem suas comunicações como o Espírito de verdade, e sim, utilizando o nome de suas individualidades anteriormente conhecidas.

Observando atentamente o contido no Livro dos Espíritos, exatamente no último parágrafo dos Prolegômenos, não temos qualquer dúvida quanto ao que afirmamos, pois entre as diversas personalidades do mundo maior, citadas como participantes ativos da obra, está alguém que se denomina simplesmente como O Espírito da Verdade, conforme segue:

“Lembra-te de que os Bons Espíritos só dispensam assistência aos que servem a Deus com humildade e desinteresse e que repudiam a todo aquele que busca na senda do Céu um degrau para conquistar as coisas da Terra; que se afastam do orgulhoso e do ambicioso. O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira erguida entre o homem e Deus. São um véu lançado sobre as claridades celestes, e Deus não pode servir-se do cego para fazer perceptível a luz.”

São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão, Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.

Analisando o que acima está exposto, perguntamos: quem seria capaz de se proclamar O Espírito da Verdade, senão ele que nos asseverou em (João 14/6), “eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao pai senão por mim”?

Passamos agora ao contido na Revista espírita, que aqui selecionamos:

1) Revista Espírita 1861, pág.305, o Espírito Erasto sob o título; Epístola de Erasto aos Espíritas Lioneses, lida no banquete de 19 de setembro de 1861, nos diz:

“Não poderíeis crer o quanto estou orgulhoso em distribuir, a todos e a cada um, os elogios e os encorajamentos que o Espírito de verdade, nosso mestre bem amado, me ordenou conceder às vossas piedosas coortes: a ti, Diloud, a ti, sua digna companheira e a todos vossos devotados missionários que derramais os benefícios do Espiritismo, obrigado pelo vosso concurso e pelo vosso zelo”.

2) Revista Espírita 1864, pág.16, O Espírito Hahnemann, sob o Título; Um caso de Possessão – Senhorita Julie, relata:

“Essas obsessões freqüentes terão também um lado muito bom, naquilo que sendo penetrada pela prece e pela força moral, pode-se fazê-la cessar e adquirir o direito de expulsar os maus Espíritos, cada um procurará, pela melhoria de sua conduta adquirir esse direito que o Espírito de Verdade, que dirige este globo, conferirá quando for merecido. Tende fé e confiança em Deus, que não permite que se sofra inutilmente e sem motivo”.

3) Revista Espírita 1864, págs. 399, O Espírito de verdade, sob o título; Comunicação Espírita nos afirma:

"Há várias moradas na casa de meu Pai, eu lhes disse há dezoito séculos. Estas palavras o Espiritismo veio fazer compreendê-las.

E vós, meus bem-amados, trabalhadores que suportais o ardor do dia, que credes ter a vos lamentar da injustiça da sorte, bendizei vossos sofrimentos; agradecei a Deus que vos dá os meios de quitar as dívidas do passado; orai, não dos lábios, mas do vosso coração melhorado, para vir tomar, na casa de meu Pai a melhor morada; porque os grandes serão rebaixados; mas, vós o sabeis, os pequenos e os humildes serão elevados”.

4) Revista Espírita 1866, pág. 222, sob o título; Qualificação de Santo aplicada a certos espíritos, ensina:

“ O Espírito que ditou a comunicação acima é, pois, muito absoluto no que concerne a qualificação de santo, e não está na verdade dizendo que os Espíritos superiores se dizem simplesmente Espíritos de Verdade, qualificação que não seria senão um orgulho mascarado sob outro nome, e que poderia induzir em erro se tomado ao pé da letra, porque ninguém pode se gabar de possuir a verdade absoluta, não mais do que a santidade absoluta. A qualificação de Espírito de verdade, não pertence senão a um e pode ser considerada como nome próprio; ela é especificada no evangelho. De resto, esse Espírito se comunica raramente, e somente em circunstâncias especiais; deve-se manter em guarda contra aqueles que se apoderam indevidamente desse título: são fáceis de se reconhecer, pela prolixidade e pela vulgaridade de sua linguagem”.

5) Revista Espírita 1867, pág. 271, sob o título; Caracteres da Revelação Espírita, descreve:

“Ora, como é o Espírito de verdade que preside ao grande movimento de regeneração, a promessa de seu advento se encontra do mesmo modo realizada, porque, por conseqüência, ele é que é o verdadeiro Consolador.

6) Revista Espírita 1868, pág.49, o espírito LAMENNAIS, sob o título; Espíritos Marcados, esclarece:

“Sim, meus filhos, o povo caminhará mais depressa na nova mensagem anunciada pelo próprio Cristo, e todos virão escutar essa divina palavra, porque nela reconhecerão a linguagem da verdade e o caminho da salvação. Deus que permitiu esclarecer, sustentar vossa caminhada até esse dia, nos permitirá ainda vos dar as instruções que vos são necessárias”.

7) Revista Espírita 1868, pág. 51, o espírito ERASTO, sob o título Futuro do Espiritismo; informa:

"Eis, meus filhos, a verdadeira lei do Espiritismo, a verdadeira conquista de um futuro próximo. Caminhai, pois, em vosso caminho imperturbavelmente, sem vos preocupar com as zombarias de uns e amor-próprio ferido de outros. Estamos e ficaremos convosco, sob a égide do Espírito de Verdade, meu senhor e o vosso".

A seguir, passamos a transcrever trechos do contido em outras obras da codificação do espiritismo, para melhor fundamentarmos nossa afirmação em relação ao assunto em pauta:

8) Logo no primeiro Capítulo do Evangelho Segundo o Espiritismo, no item 7, encontramos o que abaixo transcrevemos:

“Assim como o Cristo disse: "Não vim destruir a lei, porém cumpri-la", também o Espiritismo diz: "Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução." Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra”.

9) observemos agora, o teor da mensagem do Espírito de Verdade, relatada no Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo VI; item 5:

INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

Advento do Espírito de Verdade

Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina divinal.

Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: “Vinde a mim, todos vós que sofreis."

Mas, ingratos, os homens afastaram-se do caminho reto e largo que conduz ao reino de meu Pai e enveredaram pelas ásperas sendas da impiedade. Meu Pai não quer aniquilar a raça humana; quer que, ajudando-vos uns aos outros, mortos e vivos, isto é, mortos segundo a carne, porquanto não existe a morte, vos socorrais mutuamente, e que se faça ouvir não mais a voz dos profetas e dos apóstolos, mas a dos que já não vivem na Terra, a clamar: Orai e crede! pois que a morte é a ressurreição, sendo a vida a prova buscada e durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro.

Homens fracos, que compreendeis as trevas das vossas inteligências, não afasteis o facho que a clemência divina vos coloca nas mãos para vos clarear o caminho e reconduzir-vos, filhos perdidos, ao regaço de vosso Pai.

Sinto-me por demais tomado de compaixão pelas vossas misérias, pela vossa fraqueza imensa, para deixar de estender mão socorredora aos infelizes transviados que, vendo o céu, caem nos abismos do erro. Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades.

Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! Nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.)

10) Livro dos Médiuns Capítulo IV; item 48:

Sistema unispírita, ou mono-espírita.

“Como variedade do sistema otimista,temos o que se baseia na crença de que um único Espírito se comunica com os homens, sendo esse Espírito o Cristo, que é o protetor da Terra. Diante das comunicações da mais baixa trivialidade, de revoltante grosseria, impregnadas de malevolência e de maldade, haveria profanação e impiedade em supor-se que pudessem emanar do Espírito do bem por excelência. Se os que assim o crêem nunca tivessem obtido senão comunicações inatacáveis, ainda se lhes conceberia a ilusão. A maioria deles, porém, concordam em que têm recebido algumas muito ruins, o que explicam dizendo ser uma prova a que o bom Espírito os sujeita, com o lhes ditar coisas absurdas. Assim, enquanto uns atribuem todas as comunicações ao diabo, que pode dizer coisas excelentes para tentar, pensam outros que só Jesus se manifesta e que pode dizer coisas detestáveis, para experimentar os homens. Entre estas duas opiniões tão opostas, quem sentenciará? O bom-senso e a experiência. Dizemos: a experiência, por ser impossível que os que professam idéias tão exclusivas tudo tenham visto e visto bem.

Quando se lhes objeta com os fatos de identidade, que atestam, por meio de manifestações escritas, visuais, ou outras, a presença de parentes ou conhecidos dos circunstantes, respondem que é sempre o mesmo Espírito, o diabo, segundo aqueles, o Cristo, segundo estes, que toma todas as formas. Porém, não nos dizem por que motivo os outros Espíritos não se podem comunicar, com que fim o Espírito da Verdade nos viria enganar, apresentando-se sob falsas aparências, iludir uma pobre mãe, fazendo-lhe crer que tem ao seu lado o filho por quem derrama lágrimas. A razão se nega a admitir que o Espírito, entre todos santo, desça a representar semelhante comédia. Demais, negar a possibilidade de qualquer outra comunicação não importa em subtrair ao Espiritismo o que este tem de mais suave: a consolação dos aflitos? Digamos, pura e simplesmente, que tal sistema é irracional e não suporta exame sério”.

11) Gênese Capítulo I – item 42:

“Demais, se se considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que assina a todas as ações da vida, por tornar quase tangíveis as conseqüências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante inalterável confiança no futuro, pela idéia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria, moralidade, até à última hora da vida, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito, reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessas do Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora, como é o Espírito de Verdade que preside ao grande movimento da regeneração, a promessa da sua vinda se acha por essa forma cumprida, porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador”.

12) Gênese Capítulo XVII – item 37:

“As religiões que se fundaram no Evangelho não podem, pois, dizer-se possuidoras de toda a verdade, porquanto ele, Jesus, reservou para si a complementação ulterior de seus ensinamentos”.

13) Gênese Capítulo XVII – item 39:

“O Consolador é, pois, segundo o pensamento de Jesus, a personificação de uma doutrina soberanamente consoladora, cujo inspirador há de ser o Espírito de Verdade”.

14) Obras Póstumas – Segunda parte, 13ª edição:

Perguntas de Kardec, páginas: 271/272/274/275;

a) Reconhecê-lo-ei, depois de minha morte, no mundo dos Espíritos?

Resposta: Sobre isso não pode haver dúvida; será ele quem virá receber-te e felicitar-te, se houveres desempenhado bem tua tarefa.

b) Meu espírito familiar, quem quer que tu sejas, agradeço-te o me teres vindo visitar. Consentirás em dizer-me quem és?

Resposta: Para ti chamar-me-ei A VERDADE e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei à tua disposição.

c) Terás animado na terra alguma personagem conhecida?

Resposta: Já ti disse que, para ti sou A VERDADE; isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais saberás a respeito.

Outras Obras Complementares:

15) Livro, Missionários da Luz – Capítulo 9:

O sábio instrutor Alexandre esclarece: - “Mediunidade constitui “meio de comunicação”, e o próprio Jesus nos afirma: “eu sou a porta... se alguém entrar por mim será salvo e entrará, sairá e achará pastagens”! Porque audácia incompreensível imaginais a realização sublime sem vos afeiçoardes ao Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?” Ouvi-me irmãos meus!... Se vos dispondes ao serviço divino, não há outro caminho senão Ele, que detém a infinita luz da verdade e a fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para a mediunidade celeste, para o acesso ao equilíbrio divino que anelais no recôndito santuário do coração! Somente através dELE, vivendo-lhe as sublimes lições, alcançareis a sagrada liberdade de entrar nos domínios da Espiritualidade e deles sair, conquistando o pão eterno que vos saciará a fome para sempre. Sem o Cristo, a mediunidade é simples “meio de comunicação” e nada mais, mera possibilidade de informação, como tantas outras, da qual poderão assenhorear-se também os interessados em perturbações, multiplicando presas infelizes”.

Diante do que aqui expomos, extraídos do contido na codificação espírita, sem pretensão de nos proclamar os donos da verdade, pois sabemos perfeitamente que só o Cristo pode ostentar esse título, e respeitando as opiniões dos que pensam contrariamente a nós, não podemos deixar de enfatizar que nossa afirmativa tem respaldo nos ensinos do consolador.

Esperamos, ter contribuído para elucidar definitivamente essa dúvida, e doravante seguirmos confiantes e convictos os ensinamentos da doutrina espírita, na absoluta certeza de que o próprio Senhor Jesus é, “O Espírito de Verdade”.


Francisco Rebouças.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

A mídia que desejamos!

Amigos, ocupo-me nesta hora, a fazer algo que sempre desejei, mas que protelava dia após dia, deixando sempre para depois, algo que agora reconheço já deveria ter feito há muito tempo. Trata-se de um artigo em que pudesse me expressar de forma equilibrada e sem os constantes arrepios de indignação que praticamente a todo instante me assaltam e me tiram a tranqüilidade, deixando-me realmente pasmo diante de tanta agressão à moral e dignidade e tamanha falta de respeito dos meios de comunicação que nos invadem a intimidade familiar, nos diversos veículos da mídia tais como: jornais, revistas, rádios e programas de televisão que assistimos, em horário nobre, em plena luz do dia.
Posso citar vários deles, desde os tais programas de entretenimento, novelas, e muitos dos programas ao vivo, com apresentadores inescrupulosos e indecentes, que falam palavrões, como se estivessem em algum lugar privado, proibido a pessoas decentes e sensíveis, educadas e honradas, o que na realidade nossos lares não o são verdadeira e definitivamente.
Não pretendo passar aqui por pseudo-moralista, piegas, ou santo, pois, reconheço que ainda estou distante dessas qualidades, que um dia pretendo possuir por completo, mas, não sou também da mesma maneira, nenhum depravado, indecente ou idiota, que não possa ver e desaprovar as investidas desses infelizes e desrespeitosos covardes, contra a dignidade dos leitores, ouvintes ou telespectadores que os assistem, entregues à própria sorte já que os representantes da nossa sociedade, ou são cegos e surdos todos sem exceção, ou pouco estão se incomodando com a falta de respeito e dignidade dos textos produzidos e vendidos sem qualquer fiscalização, assim como os inúmeros programas exibidos pelas emissoras de rádio e televisão abertas ou fechadas, cedo ou tarde da noite.
Um bom exemplo para o que estou dizendo, pode ser verificado a cada transmissão das partidas de futebol pelas televisões, em qualquer horário, pois, os palavrões que os técnicos, jogadores, e dirigentes falam em alto e bom tom, não nos deixa a menor dúvida de que essas pessoas não têm o menor respeito ou cuidado com quem está atrás de um aparelho de rádio ou TV, em seus lares, que são na verdade merecedores de consideração e dignos de não terem esses péssimos exemplos sendo apresentados às suas crianças, e jovens que com seus pais assistem a essas aulas de indecências, de quem deveria primar pelo respeito e pela valorização da moral, principalmente perante os pequeninos, sem falar nas decentes senhoras de idade já bem avançadas que são obrigadas, por não serem surdas, e, por gostarem de ver uma partida de futebol, a se sujeitarem a esse tipo de desrespeito.
Também as novelas, são portadoras de cenas tão agressivas e indecentes, que se tornam fábricas de desarmonia e desgraças para muitos dos jovens que acreditam, por inexperiência, que a vida se passa de acordo com os tramas dos respectivos personagens, no que diz respeito principalmente ao sexo e ao sucesso que eles sempre alcançam, que fico vermelho quando estou na casa de alguém que as acompanham, pois, graças a Deus na minha residência, não assistimos essa praga que se chama novela; preferimos assistir a documentários, leituras edificantes, jornais ou outras opções que nos possam acrescentar algo de útil em nosso dia-a-dia.
Sabemos que esse lixo imoral, exibido pelos veículos de comunicação são resultados obtidos por pesquisas que realizam em comunidades de grande densidade populacional, onde o poder público não garante sequer a mínima condição de vida e lazer para essas pessoas, que diante de tanta desgraça e miséria, não vê alternativa diferente, senão ligar seus aparelhos de televisão e pagar para assistir a decadência e a inoperância da Lei e da ordem, no completo desprezo aos valores éticos e morais que deveriam ser incentivados, defendidos e implantados em todos os programas que fossem levados ao ar.
Em O Livro dos Espíritos, encontramos na matéria que segue a razão que nos dá a convicção de que como espíritas, seguidores dos ensinos de Jesus, não mais podemos continuar a ficar de braços cruzados assistindo a tudo o que está acontecendo, esperando que os Espíritos façam o que a nós cabe realizar em prol do bem e da paz.

O bem e o mal

629. Que definição se pode dar da moral?“
A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei de Deus.”
630. Como se pode distinguir o bem do mal?
“O bem é tudo o que é conforme à lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la.”
631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem do que é mal?
“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe deu inteligência para distinguir um do outro.”
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em realidade pratica o mal?
“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”
633. A regra do bem e do mal, que se poderia chamar de reciprocidade ou de solidariedade, é inaplicável ao proceder pessoal do homem para consigo mesmo. Achará ele, na lei natural, a regra desse proceder e um guia seguro?
“Quando comeis em excesso, verificais que isso vos faz mal. Pois bem, é Deus quem vos dá a medida daquilo de que necessitais. Quando excedeis dessa medida, sois punidos. Em tudo é assim. A lei natural traça para o homem o limite das suas necessidades.Se ele ultrapassa esse limite, é punido pelo sofrimento. Se atendesse sempre à voz que lhe diz - basta, evitaria a maior parte dos males, cuja culpa lança à Natureza.”
634. Por que está o mal na natureza das coisas?
Falo do mal moral. Não podia Deus ter criado a Humanidade em melhores condições?“Já te dissemos: os Espíritos foram criados simples e ignorantes (115). Deus deixa que o homem escolha o caminho. Tanto pior para ele, se toma o caminho mau: mais longa será sua peregrinação. Se não existissem montanhas, não compreenderia o homem que se pode subir e descer; se não existissem rochas, não compreenderia que há corpos duros. É preciso que o Espírito ganhe experiência; é preciso, portanto, que conheça o bem e o mau. Eis por que se une ao corpo.” (119)
635. Das diferentes posições sociais nascem necessidades que não são para todos os homens. Não parece poder inferir-se daí que a lei natural não constitui regra uniforme?
“Essas diferentes posições são da natureza das coisas e conformes à lei do progresso. Isso não infirma a unidade da lei natural, que se aplica a tudo.”As condições de existência do homem mudam de acordo com os tempos e os lugares, do que lhe resultam necessidades diferentes e posições sociais apropriadas a essas necessidades. Pois que está na ordem das coisas, tal diversidade é conforme à lei de Deus, lei que não deixa de ser una quanto ao seu princípio. À razão cabe distinguir as necessidades reais das factícias ou convencionais.
636. São absolutos, para todos os homens, o bem e o mal?
“A lei de Deus é a mesma para todos; porém, o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade.”
637. Será culpado o selvagem que, cedendo ao seu instinto, se nutre de carne humana?
“Eu disse que o mal depende da vontade. Pois bem! Tanto mais culpado é o homem, quanto melhor sabe o que faz.”As circunstâncias dão relativa gravidade ao bem e ao mal. Muitas vezes, comete o homem faltas, que, nem por serem conseqüência da posição em que a sociedade o colocou, se tornam menos repreensíveis. Mas, a sua responsabilidade é proporcionada aos meios de que ele dispõe para compreender o bem e o mal. Assim, mais culpado é, aos olhos de Deus, o homem instruído que pratica uma simples injustiça, do que o selvagem ignorante que se entrega aos seus instintos.
638. Parece, às vezes, que o mal é uma conseqüência da força das coisas. Tal, por exemplo, a necessidade em que o homem se vê, nalguns casos, de destruir, até mesmo o seu semelhante. Poder-se-á dizer que há, então, infração da lei de Deus?
“Embora necessário, o mal não deixa de ser o mal. Essa necessidade desaparece, entretanto, à medida que a alma se depura, passando de uma a outra existência. Então, mais culpado é o homem, quando o pratica, porque melhor o compreende.”
639. Não sucede freqüentemente resultar o mal, que o homem pratica, da posição em que os outros homens o colocam?
Quais, nesse caso, os culpados?“O mal recai sobre quem lhe foi o causador. Nessas condições, aquele que é levado a praticar o mal pela posição em que seus semelhantes o colocam tem menos culpa do que os que, assim procedendo, o ocasionaram. Porque, cada um será punido, não só pelo mal que haja feito, mas também pelo mal a que tenha dado lugar.”
640. Aquele que não pratica o mal, mas que se aproveita do mal praticado por outrem, é tão culpado quanto este?
“É como se o houvera praticado. Aproveitar do mal é participar dele. Talvez não fosse capaz de praticá-lo; mas, desde que, achando-o feito, dele tira partido, é que o aprova; é que o teria praticado, se pudera, ou se ousara.”
641. Será tão repreensível, quanto fazer o mal, o desejá-lo?
“Conforme. Há virtude em resistir-se voluntariamente ao mal que se deseja praticar, sobretudo quando há possibilidade de satisfazer-se a esse desejo. Se apenas não o pratica por falta de ocasião, é culpado quem o deseja.”
642. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?
“Não; cumpre-lhe fazer o bem no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”
643. Haverá quem, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?
“Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.”
644. Para certos homens, o meio onde se acham colocados não representa a causa primária de muitos vícios e crimes?
“Sim, mas ainda aí há uma prova que o Espírito escolheu, quando em liberdade, levado pelo desejo de expor-se à tentação para ter o mérito da resistência.”
645. Quando o homem se acha, de certo modo, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se lhe torna um arrastamento quase irresistível?
“Arrastamento, sim; irresistível, não; porquanto, mesmo dentro da atmosfera do vício, com grandes virtudes às vezes deparas. São Espíritos que tiveram a força de resistir e que, ao mesmo tempo, receberam a missão de exercer boa influência sobre os seus semelhantes.”
646. Estará subordinado a determinadas condições o mérito do bem que se pratique? Por outra: Será de diferentes graus o mérito que resulta da prática do bem?
“O mérito do bem está na dificuldade em praticá-lo. Nenhum merecimento há em fazê-lo sem esforço e quando nada custe. Em melhor conta tem Deus o pobre que divide com outro o seu único pedaço de pão, do que o rico que apenas dá do que lhe sobra, disse-o Jesus, a propósito do óbolo da viúva.” 1
Penso que chega de tanta indiferença de todos nós cidadãos brasileiros diante desse desafio que se apresenta como uma doença aparentemente incurável, que é o alastramento da desordem e do desrespeito aos valores morais do homem, e, ante a árdua e inevitável tarefa de moralização dos meios de comunicação, vamos todos juntos, levantar nossa voz e empregar nossos melhores recursos sejam quais forem os que estiverem ao nosso alcance, na certeza de que, com a graça de Deus nosso Pai e Criador, cedo ou tarde, conquistaremos a vitória da luz sobre a treva da ignorância, e possamos definitivamente respeitar e sermos também respeitados.
Comecemos a movimentar nossas mãos, utilizando-nos dos recursos que a tecnologia nos oferta, e enviemos imediatamente nossos protestos para o e-mail que segue, eticanatv@camara.gov.br, para que os nossos legítimos representantes possam ter um imediato motivo para notarem que ainda existem criaturas preocupadas em defender a dignidade e exigir o devido respeito aos ouvintes, leitores ou telespectadores da mídia em geral, nas matérias ou nos programas que pagamos para ler, ouvir ou assistir em nossas residências, que não são exatamente o que eles pensam que seja.
Chega do papo furado e sem sentido de: “quem está insatisfeito que mude de canal”, ou outro qualquer, pois, sabemos bem que todos eles exibem essas torpezas e não adianta simplesmente mudar de leitura ou canal, a mídia é que tem de mudar a visão sobre os absurdos que comete contra a sociedade, isso sim, é o que precisa urgentemente acontecer.
Fonte:
1) Livro dos Espíritos – FEB, 76ª edição.Grande abraço,
Francisco Rebouças

sábado, 21 de fevereiro de 2009

"Lembranças" de um certo carnaval!

Psicografia


LEMBRANÇAS

Quero aqui relatar
o que me aconteceu
num dia de carnaval
quando perdi o corpo meu.

Estava muito empolgado
como todo ano fazia
a fantasia comprado
e esperava com alegria.

Sempre para mim estes dias
eram festa sem igual
todo ano me acabava,
isso era o carnaval.

Todo mundo comentava
o meu ânimo esfuziante
e a mamãe sempre falava:
– menino tome um calmante!

Maiiinha dizia eu
deixe que eu me cuide
afinal o corpo é meu
não há porque me descuide.

A música era feérica
a multidão se comprimia
a praça regurgitava
o trio elétrico seguia.

Empurra daqui e dali
eta povão animado
e junto lá ia eu
folião fantasiado.

Acontece que a euforia
precisava alimentar
e sempre que eu podia
levava o que cheirar.

Aí tudo ficava
mais eletrizante então,
os meus pés pareciam
que flutuavam do chão.

A hora nunca acabava
o tempo era dobrado
e mais e mais inalava
entre outros, um drogado.

Esquecia todo mundo
só pensava em curtir
ficava todo imundo
não dava tempo de dormir.

Exaustão, cansaço,
e maneio febril
combinação malsinada
trazendo pesares mil.

Ouvi uma voz chamando
acorda, acorda meu irmão!
vi então vovô Armando
me estendendo a mão.

Assustado perguntei:
– vovô o Sr. não morreu?!
como é que está aqui?!
responde pro sossego meu!!!

Acalme-se querido netinho
você fez longa viagem
vai saber daqui a pouquinho
o que houve de verdade.

Olhei em volta e percebi
que era um outro ambiente,
será mesmo que morri,
ou estou ficando demente?!

Vovô vendo meu espanto
acariciou-me com afeto
e secou-me o pranto
entregando-me ao irmão Roberto.

Então o médico caridoso
explicou-me seguro
você voltou no carnaval:
– desencarne prematuro.
Percebi tardiamentea minha grande loucura
e trago prá toda gente,
minha triste aventura.

Queridos amigos ouvintes
experiência é lição
exageros com requintes
exige reparação.

Hoje espero outro corpo
na fila de reencarnação
uma coisa asseguro
carnaval e exagero, agora digo NÃO!

Alex.


"A vida aqui na Terra é sublime experiência, guardemos em todo momento moderação, responsabilidade e do amor a ciência."

Irmã Rosa.

Mensagens recebidas durante reunião pública no Grupo Espírita "Messe de Amor" – GEMA pela médium Telma Regina. Rua Martins Torres, 479. Martins Torres. Niterói. RJ. (fevereiro/2009).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Conversando sobre mediunidade!

É de suma importância que todos nós espíritas, que tomamos parte de uma tarefa qualquer na área da mediunidade em nossas casas espíritas, estejamos devidamente preparados para esse sublime banquete espiritual.

Primeiramente, instruídos em todos os seus fundamentos através dos estudos sérios e aprofundados sobre a matéria em análise, constantes da codificação do espiritismo, mais particularmente, em O Livro dos Médiuns, além de inúmeras outras obras de reconhecido cunho doutrinário, trazidos ao nosso conhecimento por médiuns de grande capacidade mediúnica e respeito no meio espírita, como Chico Xavier, Divaldo Franco, Raul Teixeira entre outros.

Precisamos atentar para os sérios e nobres objetivos da mediunidade para nós médiuns, pois, como nos esclarecem os Nobres Emissários da Espiritualidade Superior, a mediunidade é uma sagrada ferramenta colocada ao nosso dispor pela Soberana Sabedoria do Universo, para o nosso aprimoramento espiritual e crescimento como Ser imortal à caminho da pureza e da felicidade que nos está reservada aguardando por nossa decisão de empreender os necessários esforços por conquistá-la.

Somente através do adequado uso dos talentos mediúnicos de que somos portadores, é que verdadeiramente poderemos nos tornar úteis aos Arquitetos Divinos para realizar as atividades da mediunidade de forma perfeita em nosso proveito próprio e do nosso semelhante, na Seara bendita do nosso Mestre e Guia, Jesus de Nazaré.

Para que melhor entendamos as responsabilidades que nos estão depositadas no exercício da mediunidade com Jesus, ouçamos a reposta de Divaldo Franco sobre o assunto.

Qual o objetivo de uma sessão mediúnica?

Divaldo - É acima de tudo uma oportunidade de o indivíduo auto-reformar-se; de fazer silêncio para escutar as lições dos espíritos que nos vêm, depois da morte, chorando e sofrendo, sendo este um meio de evitar que caiamos em seus erros. É também esquecer a ilusão de que nós estejamos ajudando os espíritos, uma vez que eles podem passar sem nós. No mundo dos espíritos, as Entidades Superiores promovem trabalhos de esclarecimento e de socorro em seu favor; nós, entretanto, necessitamos deles, mesmo dos sofredores, porque são a lição de advertência em nosso caminho, convidando-nos ao equilíbrio e à serenidade. Assim, vemos que a ajuda é recíproca:

O médium é alguém que se situa entre os dois hemisférios da vida. O membro de um labor de socorro medianímico é alguém que deve estar sempre às ordens dos Espíritos Superiores para os misteres elevados.

À hora da reunião, devem-se manter, além das atitudes sociais do equilíbrio, a serenidade, um estado de paz interior compatível com as necessidades do processo de sintonia, sem o que, quaisquer tentames neste campo redundarão inócuos, senão negativos.

Depois da reunião é necessário manter-se o mesmo ambiente agradável, porque, à hora em que cessam os labores da incorporação, ou da psicografia, o fenômeno objetivo externo, em si, não cessam os trabalhos mediúnicos no mundo espiritual. Quando um paciente sai da sala cirúrgica, o pós-operatório é tão importante quanto a própria cirurgia. Por isso, o paciente fica carinhosamente assistido por enfermeiros vigilantes que estão a postos para atendê-lo em qualquer necessidade que venha a ocorrer.

Quando termina a lide mediúnica, ali vai encerrada, momentaneamente a tarefa dos encarnados, a fim de recomeçá-la, logo mais, no instante em que ele penetre a esfera do sono, para prosseguir sob outro aspecto ajudando os que ficaram de ser atendidos e não puderam, por uma ou outra razão. Então, convém que, ao terminar a reunião mediúnica seja mantida a psicosfera agradável em que as conversas sejam edificantes. Pode-se e deve-se fazer uma análise do trabalho realizado, um estudo, um cotejo no campo das comunicações e depois uma verificação da produtividade; tudo isto em clima salutar de fraternidade objetivando dirimir futuras inquietações e problemas Outros”. 1

Assim sendo, irmãos e amigos, estejamos preparados sempre que nos apresentarmos aos amigos Celestes para juntos participarmos de tarefas tão dignas, de forma a contribuir com o nosso melhor, na construção da paz e da luz em nossos caminhos, enquanto estamos usufruindo da presente oportunidade que Deus por amor e bondade nos concedeu.


Fonte:
1) Livro: Diretrizes de Segurança – Questão 31.
Divaldo P. Franco/ José Raul Teixeira.
O Espiritista
Francisco Rebouças.

O Espiritismo segue crescendo, vencendo os desafios!

O verdadeiro seguidor do Espiritismo não tem que se preocupar com os ataques dos pseudo-religiosos, que espalham a todo o vapor as inverdades, difamações, e falsas teorias das quais o espiritismo jamais se utilizou, isto porque, a cada dia as verdades que compõem os princípios doutrinários ensinados pelos Nobres Guias da Espiritualidade Superior, estão sendo ratificados pela ciência, isso mesmo, a ciência que nada mais é que a descoberta das Leis Naturais pelos homens, através dos estudos, e das pesquisas, levados a efeito por homens cientistas dedicados e adredemente preparados no mundo espiritual para tal desafio.

Assim sendo, cabe a cada um de nós espíritas seguir com a seriedade o que a nossa doutrina exige de todos os seus adeptos, ou seja: estudar e levar adiante seus conceitos de paz e fraternidade, atendendo ao clamor do seu ensino maior a todos nós espíritas, para a observância de que: “Fora da caridade não há salvação”.

Sabemos que nós seguidores da doutrina espírita, precisamos continuar a amar e instruir-nos, conforme o ensinamento do Espírito de Verdade, para que possamos entender sem qualquer dificuldade que “fé inabalável, só o é a que pode encarar frente a frete a razão em todas as épocas da humanidade”, isto é, que uma fé sem ouvir os argumentos da razão, não pode ser seguida por quem estuda e usa da bênção da inteligência.

Allan Kardec, respondendo aos seus inquiridores, foi preciso em suas explicações, conforme se pode constatar nos argumentos que seguem, onde soube com respeito e consideração, fazer resplandecer ao mundo a solidez e a beleza da doutrina espírita.

Que também nós, possamos ter disposição e competência para esclarecer e divulgar de forma correta os verdadeiros princípios contidos na codificação do espiritismo que dizemos seguir, sem esmorecimentos e sem omissão, fazendo a parte que os espíritos superiores dedicaram à nossa responsabilidade, na implantação da moral contida no Evangelho de Jesus, nos corações de todos os homens na Terra.

Impotência dos detratores

Visitante -– Eu concordo que entre os detratores do Espiritismo há pessoas inconseqüentes, como esta de que acabais de falar; mas, ao lado destas, não há homens de um valor real e cuja opinião é de um certo peso?

“A.K. – Eu não o contesto de modo algum. A isso respondo que o Espiritismo conta também em suas fileiras com um bom número de homens de um valor não menos real. Eu digo mais: que a imensa maioria dos espíritas se compõem de homens inteligentes e estudiosos. Só a má fé poder dizer que eles são recrutados entre os incautos e os ignorantes.

Um fato peremptório responde, aliás, a esta objeção: é que malgrado seu saber ou sua posição oficial, ninguém conseguiu deter a marcha do Espiritismo. Todavia, não há entre eles um só, desde o mais medíocre folhetinista, que não esteja se vangloriando de lhe vibrar o golpe mortal. Todos, sem exceção, ajudaram, sem o querer, a vulgarizá-lo. Uma idéia que resiste a tantos esforços, que avança sem tropeço através da fúria dos golpes que lhe dão, não prova sua força e a profundidade de suas raízes? Esse fenômeno não merece atenção dos pensadores sérios? Outros também se dizem hoje que ele deve ter alguma coisa, que pode ser um desses grandes e irresistíveis movimentos, que, de tempos em tempos, comovem as sociedades para transformá-las.

Assim o foi sempre com todas as idéias novas chamadas a revolucionarem o mundo. Elas encontram obstáculos, porque têm que lutar contra os interesses, os preconceitos, os abusos que elas vêm
derrubar. Mas como estão nos desígnios de Deus, para cumprir a lei do progresso da Humanidade, quando a hora é chegada, nada saberia detê-las. É a prova de que elas são a expressão da verdade.

Essa impotência dos adversários do Espiritismo prova, primeiro, como eu o disse, a ausência de boas razões, uma vez que aqueles que se lhe opõem não convencem; ela, porém, se prende a uma outra causa que frustra todas as suas combinações. Espantam-se com o seu progresso, malgrado tudo o que fazem para detê-lo; ninguém lhe encontra a causa, porque a procuram onde ela não está. Uns a vêem na força do diabo, que se mostraria assim mais forte que eles, e mesmo que Deus, outros, no desenvolvimento da loucura humana. O erro de todos é crer que a fonte do Espiritismo é única, e que repousa sobre a opinião de um homem; daí a idéia de que arruinando a opinião desse homem, arruinarão o Espiritismo. Eles procuram essa fonte sobre a Terra, enquanto ela está no espaço; ela não está num lugar determinado, está por toda parte, porque os Espíritos se manifestam por toda parte, em todos os países, no palácio como na choupana. A verdadeira causa está, pois, na própria natureza do Espiritismo que não recebe seu impulso de uma pessoa só, mas que permite a cada um receber diretamente comunicações dos Espíritos e se assegurar assim da realidade dos fatos. Como persuadir a milhões de indivíduos que tudo isso não é senão malabarismo, charlatanismo, destreza, quando são eles mesmos que obtêm esses resultados sem o concurso de ninguém? Se lhes fará crer que são seus próprios companheiros que fazem charlatanismo e escamoteação só para eles?

Essa universalidade das manifestações dos Espíritos que vêm a todos os pontos do globo, vem dar um desmentido aos detratores e confirmar os princípios da doutrina; é uma força que não pode ser compreendida por aqueles que não conhecem o mundo invisível, da mesma forma que aqueles que não conhecem a lei da eletricidade não podem compreender a rapidez da transmissão de um telegrama. É contra essa força que vêm se quebrar todas as negações, porque é como se se dissesse às pessoas que recebem os raios do sol, que o sol não existe.

Abstração feita das qualidades da doutrina, que satisfaz mais do que aquelas que se lhe opõem, aí está a causa dos fracassos daqueles que tentam deter-lhe a marcha. Para terem sucesso seria preciso que encontrassem um meio de impedir os Espíritos de se manifestarem. Eis porque os espíritas tomam tão pouco cuidado com as suas manobras; eles têm a experiência e a autoridade dos fatos”. 1

Que Jesus possa nos dar força e inspiração, para continuarmos nesse processo de transformação da humanidade através de nossos exemplos de reais discípulos do Mestre de Nazaré.

Fonte:
1) Livro: O que é o Espiritismo. – FEB. 40ª edição.

Francisco Rebouças.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O teu contributo é valioso, se propõe paz e crescimento moral espiritual.

Psicografia

A proposta do evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo, é um manancial de luzes a clarear a estrada de todos aqueles que de bom alvitre o queiram seguir, pois, nos propõe a renovação e a disposição de crescimento em valores morais e a prática da verdadeira caridade para conosco e para com os que conosco jornadeiam nesta presente romagem terrena, que a todos concede a divina bênção da renovação e da elevação espiritual pela porta da reencarnação.

Certo, por ora, ainda não dispomos de condições mais espiritualizadas que nos olvidassem a ensancha de projeção a vôos mais altos, no entanto esta é a nossa condição atual, e é com ela que temos que nos apresentar ao labor confiado à nossa iniciativa, justamente como condição única de desenvolvermos as pontencialidades que adormecem latentes em nosso Ser Imortal, à espera da nossa voluntária decisão de fazê-las desabrochar no jardim de nossas possibilidades de produzir os benefícios das virtudes com as quais poderemos, se assim desejarmos, espargir de nosso mundo íntimo, as claridades das quais nos fazemos portadores, desde nossa criação há milênios, como nos alertou o Mestre de Nazaré quando nos fez a revelação de que “Somos deuses, e faremos tudo o que ele fez e muito mais”.

Assim sendo, não nos é mais possível desprezar esses ensinos tão profundos que Jesus há mais de dois mil anos nos veio pessoalmente trazer, visto que desprezamos as tentativas de esclarecimento propostas por inúmeros outros mensageiros por ele enviado desde eras remotas do aparecimento do homem na Terra.

Sabedores, de que só através do esclarecimento de nossa ignorância principalmente sobre as coisas do espírito, é que poderemos obter êxito no cometimento a que nos propomos de alcançar a felicidade e a paz de espírito da qual tanto sentimos falta e desejamos, precisamos aproveitar a presente oportunidade de soerguimento de nosso Ser, envolto em tantas construções irresponsáveis e insanas de um passado vivido sob a regência do nosso instinto animalizado, que jamais nos decidimos por aprimorar, e que já nos causou e ainda nos causará alguns dissabores, pois, Jesus nos afiançou que, “a cada um será concedido segundo as suas próprias obras”, nos alertando para a nossa responsabilidade sobre a plantação da semente do desequilíbrio e da ambição que alastramos pelos campos por nós lavrados até a presente oportunidade.

PRECISO SE FAZ, que esqueçamos as investidas desastrosas de nossas atitudes no ontem sombrio de nossa atuação na vida em relação a Leis de Amor e Caridade que rege a vida do Ser a caminho da pureza e da perfeição, e, dediquemo-nos de corpo e alma doravante a novas construções pautadas na proposta de Jesus de “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”, e arregacemos as mangas em trabalho renovador no bem, pois, Deus é Pai de infinito amor e justiça e nos dará todas as condições e ferramentas com as quais desfaremos os erros de ontem e construiremos uma nova estrada sólida e reta em direção a ao encontro conosco mesmos, em busca da consciência livre dos pesadelos que nos atormentam há tempos.

O Espiritismo que abraçamos, nos dá essa condição de ver além do que víamos outrora, e nos faz crer por entender e não por seguirmos o que os outros nos transmitiam sem que nos dispuséssemos a meditar sobre o que nos chegava, fazendo-nos seguir orientações sem qualquer fundamento ou lógica, desprovido até mesmo de bom senso, o que graças a Deus já superamos.

Que o Senhor da vinha nos conduza pelas veredas da paz e da luz, hoje e por todo o sempre!


Josepha
Por: Francisco Rebouças.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Mensagem de Sabedoria

Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio, e lembre-se que alto deve ser o valor de suas idéias, não o volume de sua voz.

Minutos de Sabedoria.

Carlos Torres Pastorino.


O Espiritista

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Página da Semana

Caros amigos, inicio hoje mais esta seção em nosso blog, destinada a trazer semanalmente uma página edificante do livro: Fonte Viva - Chico Xavier/Emmanuel. Dessa forma toda semana estaremos lançando uma nova mensagem constante da referida obra, para nossa reflexão, que seja de poveito para todos nós.

1-ANTE A LIÇÃO

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.

Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.

O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo."

Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.

Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição ànossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.
O Espiritista.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Garoto de 13 anos é um dos pais mais jovens do Reino Unido

Nossa sociedade não tem mais parâmetros de conscientização e responsabilidade, e, acada dia verdadeiros absurdos são admitidos como algo normal.

A notícia da paternidade de um menino de 13 anos ocorrido em londres, não pode ser recebida com naturalidade, por pessoas adultas que realmente sabem da responsabilidade de ser Pai e Mãe, o que certamente essas crianças desconhecem, justamente por falta de orientação e vigilância de seus pais ou reponsáveis.

Está passando da hora de encararmos a honra de ser pai e mãe como uma verdadeira missão que Deus nos concede para orientar os filhos que nos chegarem com amor e responsabilidade, pois, o que estamos vendo é a promiscuidade se alastrar por toda a parte, com a conivência da sociedade indiferente aos valores morais espirituais.

Precisamos urgentemente iniciar um sério debate sobre as questões sérias de moralização e consientização do indivíduo nesse e em outros tantos assuntos, que muito tem gerado desrespeito aos valores éticos e dignos com que o homem de bem deve se preocupar em desenvolver e zelar por eles.

Os pais são os grandes responsáveis pela orientação de seus filhos, e serão responsabilizados quando voltarem ao plano espiritual, pela irresponsabilidade com que exerceram essa digna tarefa.

Segue a baixo a notícia:

LONDRES - Uma menino inglês de 13 anos se transformou em um dos pais mais jovens do Reino Unido após sua namorada, de 15, dar à luz a pequena Maisie, publica hoje o jornal "The Sun".

Alfie Patten, de 13 anos, mas com aparência muito mais infantil, e sua namorada Chatelle Steadman afirmam na entrevista concedida ao jornal que decidiram seguir adiante com a gravidez logo após saber da notícia, apesar de sentirem medo da reação de seus pais.

Os jovens, que moram em Eastbourne, no sul da Inglaterra, guardaram o segredo até as 18 semanas de gravidez, quando a mãe de Chantelle começou a suspeitar.

O pai de Alfie disse que o adolescente "ainda não assimilou" tudo o que se passou e lamentou que seu filho "não saiba a responsabilidade que é trazer um bebê ao mundo".

A mãe da namorada -cujo marido está desempregado- disse, por sua vez, que "já temos cinco filhos para alimentar, por isso Maisie será uma grande responsabilidade econômica, mas somos uma família e seguiremos adiante todos juntos".

O caso de Alfie e Chantelle não é o único do tipo no Reino Unido, já que, em 1998, Sean Stewart e Emma Webster foram pais com apenas 12 e 15 anos, respectivamente.

Fonte:
Internet: 13/02/2009 - 09:07 - EFE

O Espiritista

Abaixo o aborto! Chega de crime...

Um médico Consciente e responsável

Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:
- Doutor, o senhor terá que me ajudar num problema muito sério.
Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida novamente.
Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...

O médico então perguntou: Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu:
Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico então pensou um pouco e depois de algum tempo em silêncio disse para a mulher: Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

Ele então completou: Veja bem minha senhora, para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços.
Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer.
Se vamos matar, não há diferença entre um e outro.
Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois, a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorou-se e disse: Não doutor! Que horror! Matar uma criança é um crime.
Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento, pensei em ajudá-la.
O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito.
Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno. O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!!!!!

**Se gostou, repasse. Juntos, podemos salvar muitas vidas!**

“Autor desconhecido”

O Espiritista

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Visita do Professor protestante!

Estava eu, em um plantão que tenho a alegria, de prestar às terças-feiras, no Jornal Correio Espírita, quando a campainha da sala tocou. Fui atender e lá estava um senhor, que me cumprimentando inicialmente, se apresentou como professor que estava lá em nosso endereço à procura de uma matéria muito interessante que ele tinha lido no nosso veículo de difusão da mensagem consoladora e esclarecedora que é o Jornal Correio Espírita, para ministrar aos seus alunos.

Saudei-o apertando sua mão e interroguei-o: em que instituição espírita o senhor trabalha dando aulas para esses jovens?

Foi então, que um pouco sem jeito ele me disse; não trabalho em nenhuma instituição espírita, pois, sou evangélico, e, essa matéria que procuro li em uma edição do jornal de vocês em uma banca de jornais daqui de Niterói, e anotei o endereço para vir aqui fazer algumas anotações para a aula que darei para minha turma amanhã, pois, sou professor de biologia, e me encantei com a matéria do jornal.

Convidei-o a entrar, e logo após, lhe trouxe a tal edição que ele estava procurando, de onde então ele pode fazer suas anotações sobre a matéria lá exposta que fala sobre os animais, o professor então me explicou que gostaria de colocar o tema em sua sala de aulas, por que achou maravilhosa a maneira como o espiritismo explica as questões que envolvem a vida dos animais, para que seus alunos possam ter essa nossa visão tão bela, segundo sua própria avaliação.

Após suas anotações dessa e de outra matéria “Depois da Morte”, que faz parte da atual edição do Correio Espírita, de fevereiro/2009, começamos a trocar idéias sobre religião e suas interpretações pelas diversas correntes religiosas, quando para minha surpresa o professor me confessou que discorda de muitas das interpretações dadas por sua religião para as palavras de Jesus contidas nos evangelhos.

Então lhe indaguei, porque não buscar outras interpretações sobre essas suas discordâncias, porque aceitar passivamente goela a baixo aquilo que não o satisfazia como interpretação para as palavras do Mestre de Nazaré?

Ele sorriu sem graça e disse-me, é que não podemos contestar a palavra do Pastor, temos que aceitar.

Mas, continuou ele, gosto muito mais das interpretações dadas pela sua doutrina, são mais de acordo com o que eu penso, e, estou propenso até mesmo em pedir permissão ao Pastor para comprar o Jornal, se ele permitir então poderei acompanhar o excelente trabalho de vocês.

Foi aí que surpreendido, lhe perguntei: O Senhor tem que pedir ao Pastor permissão para comprar o Jornal?

Pergunta que ele respondeu afirmativamente; foi então, que certamente inspirado pelos Espíritos amigos responsáveis pelo trabalho de divulgação do evangelho de Jesus me pus a falar; iniciei explanando sobre nossa capacidade de saber o que nos é mais propício como adultos, responsáveis, pais de família, profissionais competentes, com cultura intelectual a ponto de exercermos com esmero, entre outras belas profissões, a de “professor”, como ele mesmo, e, ainda precisamos da autorização de “Pastores”, ou quaisquer outras denominações dos representantes das inúmeras correntes religiosas, existentes mundo a fora, para nos dizer o que melhor felicita o nosso coração? Não é seu o dinheiro ganho com seu trabalho, que será empregado para comprar o que o Senhor desejar, ou é representante da sua Igreja?

Continuei discorrendo sobre a história dos evangelhos, e de como foram desfigurados dos autênticos ensinos de Jesus, que não fundou religião alguma e resumiu as Leis e os Profetas em “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, e continuei com muitos outros argumentos de esclarecimento e libertação contidos em nossa consoladora e esclarecedora doutrina, para nos proporcionar felicidade e paz interior.

Citei as agressões descabidas e insanas sofridas por vários irmãos espíritas, e ainda as depredações provocadas pelos ataques dos donos da verdade, contra instituições religiosas espíritas ou não, que a imprensa tem mostrado em muitos casos, e que são executadas por religiosos que se intitulam “CRISTÃOS”, e lhe indaguei o Senhor pode aceitar que em nome de Jesus, se pratique essas covardias?

O Professor como homem de bem balançou a cabeça desaprovando esses atos bárbaros e reconheceu que são praticados por pseudo- religiosos.

Segui com as explicações..., o visitante escutava balançando a cabeça de forma a concordar com tudo o que lhe dizia, em seguida, passei-lhe novamente a palavra e ele então me disse: é isso que penso, mas..., o senhor deve saber como é visto o espiritismo por minha religião.

-“É visto como coisa do Diabo, respondi”.

Ele confirmou dizendo, isso mesmo; depois continuou: eu mesmo já fui espírita, e acabei indo para a Igreja que freqüento, pois, lá no centro eram feitas coisas que não me agradavam, coisas de centro espírita, o senhor deve saber.

-Respondi ao professor dizendo, meu amigo, você nunca foi espírita, me desculpe, e o centro que você diz ter ido é com absoluta certeza um centro espiritualista, não um centro realmente espírita, esse é o grande problema daqueles que falam do que desconhecem sobre a doutrina espírita, na casa espírita que freqüento e nas outras casas verdadeiramente espíritas que conheço, nada de estranho ou anormal é feito, tudo segue explicitamente o contido nos ensinos e exemplos deixados por Jesus de Nazaré. Quem encontra a verdadeira mensagem espírita, e a compreende, jamais trocará a fé raciocinada proposta pela doutrina espírita pela fé sem base alguma que fere nossa capacidade de pensar como seres racionais que somos, ensinadas em diversas outras religiões.

Acho que fui a lugar errado, pelo que estou vendo, disse-me o Professor .

-Ao que ratifiquei dizendo-lhe, sem qualquer sombra de dúvidas.

Perguntou-me sobre reencarnação e outros assuntos, e, depois das explicações que lhe passei, fundamentadas na doutrina espírita, ele acabou por aceitar confessando que são muito mais lógicas do que as explicações dadas por seus instrutores religiosos, com argumentos tão destituídos de lógica e bom senso, que ele não conseguia entender a Justiça Divina, tão bem explicada pela doutrina espírita.

Em seguida pediu-me o endereço da minha Instituição Espírita, a UMEN, e, eu lhe dei um folhetinho com nosso endereço, contendo ainda uma mensagem espiritual belíssima e as atividades realizadas por nossa casa espírita.

O Professor me agradeceu a acolhida, as explicações tão lindas da mensagem espírita e prometeu fazer-nos uma visita brevemente, despediu-se e se foi.

Não sei se fará ou não a visita prometida, mas, sei que a semente levada por ele em seu coração e sua mente, há de germinar, dando no futuro os saborosos e nutrientes frutos da mensagem consoladora da doutrina espírita, para saciar a fome espiritual do professor, de seus alunos e de muitos outros irmãos, que ainda não tiveram a felicidade de se beneficiarem com o alimento que realmente nos tira a fome, fornecido pela palavra pura e sábia de Jesus, nosso Mestre e Guia.

Que assim possa ser!

Francisco Rebouças.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Ainda tem gente com dúvidas...

Graças à fé raciocinada que a doutrina espírita nos proporciona, nós seguidores fiéis dos ensinos de Jesus, ratificados pelas obras da codificação tão nobremente elaborada por Allan Kardec, incomparável discípulo do Mestre de Nazaré, e confirmadas por outras variadas obras de reconhecido cunho doutrinário, não temos a menor dúvida da existência de Deus nosso Pai, criador de tudo e de todos.

Basta analisarmos as milhares de obras ao nosso redor, como por exemplo, a cascata que abaixo exibimos, para verificarmos que não se trata de obra de nenhum ser humano, por mais poderoso e sábio que possa ter existido; e, a nossa consciência nos levará a través da capacidade de pensar de que fomos dotados por esse mesmo Pai, que só alguém muito acima de qualquer possibilidade do homem na atualidade de nossos conhecimentos e poderes poderia tê-las construído .

Alguns desses mesmos indivíduos que não crêem na existência de Deus, não sabendo a quem atribuir tantas belezas exibidas pela natureza, escondem-se no orgulho disfarçado de incredulidade para negar o inegável, explicar o inexplicável, atribuir tão grande obra de inteligência ao acaso inexistente.

Nós seguidores da doutrina espírita, não apenas achamos que Deus existe, mas, sabemos de sua existência e não agasalhamos em nosso mundo íntimo a menor dúvida a esse respeito, pois, as evidências são claras e visíveis a quem tem pelo menos olhos de ver.

Os Espíritos Superiores, responderam às indagações de Kardec, de forma a não nos deixar quaisquer resquícios de incertezas, aclarando o raciocínio de quem se dispuser a pensar sem idéias radicais pré-concebidas, e, disposto a analisar os fatos pela ótica da lógica e do bom senso.

Encontramos em O Livro dos Espíritos as claras, lógicas e confiáveis explicações para o assunto em pauta, conforme segue:

Provas da existência de Deus

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus?

Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”
Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.

5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?

A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa.”

6. O sentimento íntimo que temos da existência de Deus não poderia ser fruto da educação, resultado de idéias adquiridas?

Se assim fosse, por que existiria nos vossos selvagens esse sentimento?”

Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse tão-somente produto de um ensino, não seria universal e não existiria senão nos que houvessem podido receber esse ensino, conforme se dá com as noções científicas.

7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?

Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária.”

Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porquanto essas propriedades são, também elas, um efeito que há de ter uma causa.

8. Que se deve pensar da opinião dos que atribuem a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, por outra, ao acaso?
“Outro absurdo! Que homem de bom-senso pode considerar o acaso um ser inteligente? E, demais, que é o acaso? Nada.”

A harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso.

9. Em que é que, na causa primária, se revela uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?

Tendes um provérbio que diz: Pela obra se reconhece o autor. Pois bem! Vede a obra e procurai o autor. O orgulho é que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si. Por isso é que ele se denomina a si mesmo de espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!”

Do poder de uma inteligência se julga pelas obras. Não podendo nenhum ser humano criar o que a Natureza produz, a causa primária é, conseguintemente, uma inteligência superior à Humanidade.

Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe dêem.
Por esses, e outros tantos ensinamentos da doutrina espírita, é que não nos cansamos de agradecer a Deus, a Jesus e aos Bons Espíritos amigos, por nos terem proporcionado o encontro com essa maravilhosa maneira de entender as mensagens contidas no evangelho de Jesus, que só o espiritismo por enquanto é capaz de esclarecer sem nos deixar outra opção senão a de utilizar dos nossos dotes intelectuais para raciocinar entre a teimosia daqueles que não têm ainda a exata noção do poder dessa Inteligência Maior, causa primeira de tudo o que existe que conhecemos e até mesmo o que existe e ainda desconhecemos, e os argumentos por eles ministrados e colocados para nossa reflexão.

Nossas vibrações sinceras e nossas preces para esses irmãos que ainda se mantêm lastimavelmente na ignorância e na falta de fé que é o Combustível Divino a nos impulsionar para frete e para o alto. Mas essa mesma inteligência é tão sábia e misericordiosa, que nos dará quantas oportunidades nos forem necessidades para que na terra ou em outro planeta do sistema solar o homem descrente de hoje se torne um filho de Deus confiante e convicto de sua existência.

Que Jesus nos abençoe e nos guarde em sua doce e sublime paz, hoje e sempre!.
Fonte:
Livro dos Espíritos - FEB, 76ª edição.
Grifos nossos.
Francisco Rebouças.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Provas ou expiações, caminhos para a felicidade!

A humanidade movimenta-se bastante aturdida na Terra, planeta de provas e expiações, por causa do seu atual estágio evolutivo, onde seus habitantes ainda bem longe estão da pureza e da perfeição a que está destinada; residindo momentaneamente neste abençoado planeta que nos abriga e concede oportunidades para nos redimirmos diante das perfeitas Leis Naturais, que regem com justiça os destinos dos seus habitantes, capacitando-lhes a seguir para moradas bem mais interessantes. Na maioria das vezes, ficamos perplexos diante do que constatamos no dia a dia de nossas vidas, por que nos falta ainda a devida compreensão desses mecanismos automáticos que nos surpreendem em cada ação que perpetramos, dando-nos o justo salário pela obra executada, concedendo na medida certa o doce sabor da paz interior pelas boas obras realizadas ou o sabor amargo pelas menos felizes que empreendemos diante do próximo ou da vida.

Assim sendo, como desde os distanciados séculos de nossa criação, nos dedicamos em maior parte nas más construções, estamos em maioria esmagadora diante das aflições pelas quais passamos na atual existência e que muitas das vezes não encontramos motivos que justifiquem tais situações afligentes, que nos sucedem no presente, e que nos deixam desesperados e revoltados a blasfemar contra o Criador, que parece não está se importando com nossos sofrimentos tão “injustos”.

No entanto, não são os sofrimentos atuais somente o resultado das nossas obras infrutíferas de ontem, mas, para muitos de nós, são provas que buscamos realizar com sucesso para galgarmos subir alguns degraus na escala evolutiva do Espírito Imortal, conforme podemos constatar pelos ensinos dos Espíritos Superiores na matéria que segue.

“9. Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação. Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não precisa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta. Tais são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus.
Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso.

10. Os Espíritos não podem aspirar à completa felicidade, enquanto não se tenham tornado puros: qualquer mácula lhes interdita a entrada nos mundos ditosos. São como os passageiros de um navio onde há pestosos, aos quais se veda o acesso à cidade a que aportem, até que se hajam expurgado. Mediante as diversas existências corpóreas é que os Espíritos se vão expungindo, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provações da vida os fazem adiantar-se, quando bem suportadas. Como expiações, elas apagam as faltas e purificam. São o remédio que limpa as chagas e cura o doente. Quanto mais grave é o mal, tanto mais
enérgico deve ser o remédio. Aquele, pois, que muito sofre deve reconhecer que muito tinha a expiar e deve regozijar-se à idéia da sua próxima cura. Dele depende, pela resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não lhe estragar o fruto com as suas impaciências, visto que, do contrário, terá de recomeçar.” 1

Resta-nos encarar com decisão as nossas atuais dificuldades, pois, não estaremos em uma situação qualquer sem nada termos contribuído para tal, e estejamos absolutamente certos de que teremos quantas oportunidades nos forem necessárias, para alcançar o fim a que todos estamos destinados pela Soberana Inteligência Universal, que é a pureza espiritual e a perfeição relativa, e não nos cabe fiscalizar as ações do nosso próximo, pois, segundo nos afirmou o Mestre de Nazaré, a cada um será dado segundo suas próprias obras.

Foi Jesus quem nos propôs que não julgássemos os nossos semelhantes, pois, se assim procedermos, poderemos estar cometendo enorme injustiça para com muitos dos irmãos em sofrimento na Terra, que em verdade não estão em processo expiatório, como poderíamos achar, mas sim, em prova com finalidades nobres de crescimento e evolução moral espiritual.

Fonte:
1) E.S.E. Cap. V, itens 9 e 10.

Francisco Rebouças.

O Espiritismo e a Cremação

Os livros básicos da doutrina espírita, não trazem matérias de esclarecimento sobre o tema em análise. Assim sendo, o que sabemos sobre o assunto tem início exatamente no momento em que o querido médium Francisco Cândido Xavier, no antigo programa intitulado “Pinga Fogo”, da extinta TV Tupi, de São Paulo, foi entrevistado pelo jornalista Almir Guimarães, quanto à cremação de corpos que seria implantada no Brasil, à época, assim se expressou: ¹
“Já ouvimos Emmanuel a esse respeito, e ele diz que a cremação é legítima para todos aqueles que a desejem, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório."²
No livro, quem tem medo da morte, o conhecido escritor espírita Richard Simonetti, declara que “o medo de ser enterrado vivo induz muita gente a cogitar da própria cremação, para fugir a esse perigo (catalepsia ou letargia). Afirma ainda que se o espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao espírito, mas transmite impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente do desligamento violento". ³
Por nossa vez, o que temos de certeza é fruto dos estudos que empreendemos na doutrina espírita, que nos afirma ser constituídos por três partes: 1º - Espírito, 2º - Perispírito e 3º - Corpo Físico. Sendo o Espírito a parte principal, o Ser pensante, o Perispírito o veículo pelo qual o Espírito se une á matéria representa pelo nosso Corpo de carne.Com a morte do corpo físico, (a desencarnação), os laços que unem o perispírito ao corpo físico se desfazem lentamente, a começar pelas extremidades e termina nos órgãos principais, cérebro e coração, e o desligamento total somente ocorre com o rompimento definitivo do último cordão fluídico ligado ao corpo.
Aprendemos também com a doutrina espírita, o perispírito é um corpo semi-material, isto é, parte de energias espirituais e partes de energias materiais, e, por essa mesma razão, o que se procura saber é: ao ser submetido ao ato da cremação, o corpo do indivíduo que faleceu, como ficaria a situação do Espírito que terá de continuar com o seu corpo perispirítico? Isto porque, o perispírito é constituído de matéria, e, segundo se pode deduzir, estaria sujeito a sentir a ação do fogo, pois, é fato sabido por todos que após a desencarnação, passamos por um certo tempo de perturbação espiritual ao desencarnar.
Os Espíritos Superiores, nos informam que o corpo morto não transmite nenhuma sensação física ao Espírito, que este fica sujeito a sentir apenas as impressões do corpo que está sendo cremado, em razão de ambos terem convivido muito tempo juntos e por essa razão, tenham criado um elo de sensibilidade que será totalmente desfeito quando o espírito já não mais se sentir ligado ao corpo.
O Espírito Emmanuel, no livro Palavras de Emmanuel, afirma: "espiritualmente falando apenas conhecemos um gênero temível de morte, a morte da consciência denegrida no mal ou torturada no remorso". 4
Dessa forma, para quem desejar optar pela prática da cremação é necessário desde já começar a treinar o desapego para livrar-se o máximo possível da influência da matéria, espiritualizando-se, concorrendo dessa forma para uma cremação sem traumas para si próprio, pois, quanto maior for seu desapego à matéria, melhor se credenciará o indivíduo a compreender os acontecimentos naturais da desencarnação, solidificando seu grau evolutivo, proporcionando-lhe ganhos morais, capazes de ajudá-lo a passar por esse momento de separação do veículo físico, sem sofrer demasiadamente os horrores causados tanto pela inumação, quanto pela cremação.
Fontes:
1) Xavier, Francisco Cândido. O Consolador, ditado pelo Espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB 11 ª edição, 1985, pg 95.
2) As duas entrevistas históricas realizadas ao saudoso Francisco Cândido Xavier na extinta TV Tupi/SP canal 4, em 1971 e 1972, respectivamente, enfaixadas nos livros Pinga Fogo com Chico Xavier (Editora Edicel) e Plantão de Respostas - Pinga Fogo II (Ed. CEU),
3) Simonetti, Richard.Quem tem Medo da Morte, SP: editora CEAC, 1987.4) Xavier, Francisco Cândido. Livro: Palavras de Emmanuel
O Espiritista

Retorno do nosso veículo de divulgação espírita

Caros amigos, estamos de volta com o Blog O Espiritista, que tanta falta fazia a nós e aos aos nossos amigos de ideal espírita que tanto nos incentivam e acompanham desde sua criação.
Mas como Deus é grande, misericordioso e bom, recuperamos o endereço do blog, que tinha sido confundido com SPAN, por operações causadas por terceiros, contra nossa vontade, e sem nossa permissão.
Mas após diversos contatos com o GOOGLE, nossas solicitações de retorno do Blog, foi finalmente aceitas e tivemos reconhecido o direito de seguirmos com a continuação do nosso projeto de divulgação da mensagem consoladora de nossa doutrina espírita.
Dessa forma, estamos de volta felizes e com a mesma disposição de continuar a levar a mensagem espírita aos corações carentes de uma boa palavra e uma segura orientação para suas vidas.
Nosso abraço a tantos companheiros que nos mandaram suas palavras de incentivo e a informação de como o Espiritista fazia falta.
Grande abraço, a todos e que Jesus nos inspire e oriente hoje e sempre, para que possamos seguir seus ensinos e exemplos crescendo, servindo e amando cada vez mais e melhor.
Francisco Rebouças.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Médium Sempre

Desde cedo, o querido médium Chico Xavier, já se via envolvido pelas incompreendidas situações que lhes aconteciam naturalmente, em virtude de sua extraordinária capacidade mediúnica, como bem podemos comprovar em sua biografia facilmente encontrada nos sites espíritas na internet. Graças a esse tesouro certamente desenvolvido pelo citado médium, em vidas passadas, e que hoje temos o privilégio de poder estudar para nos esclarecer, nas incontáveis páginas, constantes das suas incomparáveis obras de reconhecido conteúdo doutrinário.
Em seus escritos, podemos todos haurir importantes e impressionantes ensinamentos, trazidos a lume pelos Imortais da Vida Maior, em obras que muito nos tem ajudado na compreensão da justiça Divina para com cada uma das criaturas que estagiam em nosso orbe, e, que sem os quais, muito difícil seria crer na Justiça de Deus, diante de tantos tormentos e sofrimentos que infelicitam a vida da grande maioria da população da Terra.
Chico voltou para a verdadeira pátria do Espírito Imortal, que é a vida espiritual, mas, jamais será esquecido por todos nós espíritas, que muito nos beneficiamos de seu dedicado trabalho literário na interpretação fiel dos ensinos dos espíritos amigos.
Segue abaixo, uma pequena demonstração do que estamos tentando dizer, sobre a intimidade de Chico com os irmãos da vida que nos aguarda:
A PRIMEIRA SESSÃO
“De princípios de 1920 a 1927, Chico não mais conseguiu avistar-se pessoalmente com o Espírito de Dona Maria João de Deus.
Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja.
Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões.
Terminara o curso primário no Grupo Escolar “São José”, de Pedro Leopoldo em 1923, levantando-se às seis da manhã para começar às sete as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde para sair às onze da noite.
O trabalho, porém, era exaustivo e, em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite, com o salário de treze cruzeiros por mês.
Entretanto, continuavam as perturbações noturnas.
Depois de dormir, caía em transes surpreendentes.
Perambulava pela casa, falava em voz alta, dava notícias de pessoas que sofriam no Além, mantinha longas conversações, cujo fio era impenetrável aos familiares aflitos.
Em 1927, porém, eis que a sua irmã D. Maria da Conceição Xavier, hoje mãe de família, cai doente.Era um doloroso processo de obsessão.
Tratada carinhosamente pelo confrade Sr. José Hermínio Perácio, que atualmente reside em Belo Horizonte, a jovem curou-se.
Foi assim que se realizou a primeira sessão espírita no lar da família Xavier, em Pedro Leopoldo.
Perácio, na direção, pronunciava vibrante prece.
Na mesa, dois livros.
Eram eles o “Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.
O Espírito de Dona Maria João de Deus comparece e grafa longa mensagem aos filhos presentes, através da médium D. Carmem Pena Perácio, devotada esposa do companheiro a que nos referimos.
Reporta-se a cada filho, de maneira particular.E, dirigindo-se ao Chico, comove-o, escrevendo:
Chico, meu filho, eis que nos achamos mais juntos, novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra os seus deveres e, em breve, a Bondade Divina nos permitirá mostrar a você os seus novos caminhos.
E assim realmente aconteceu”. ¹
Daí em diante, a missão desse discípulo do Cristo, se desenvolveu de forma tão nobre, espargindo luz e benefícios por todo o planeta consolando e esclarecendo os corações aflitos, que cruzaram seu caminho, fazendo crescer na convicção de todos, as palavras de Jesus quando nos afirmou: “Conheceis a verdade e a verdade vos libertaráJoão, Cap.8 , v 32.
Sendo também nós, um dos muitos beneficiados pelo conteúdo moral constantes de suas obras, nos resta elevar o pensamento a Deus e rogar diariamente suas bênçãos para esse ícone do cristianismo que foi Chico Xavier.
Fonte:
1) LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER - RAMIRO GAMA
Grifos nossos.
Francisco Rebouças.

PSICOGRAFIA!

Palavras de Josepha!


Não desperdices tuas oportunidades de ser útil!

Quando a vida te felicitar a oportunidade de servir a teu irmão, não desperdices por nada essa bênção. Tua ajuda ao necessitado de agora, te renderá frutos saborosos no futuro, porque é da Lei Maior, que nenhuma expressão de caridade em favor de qualquer necessitado, seja ele quem for, deixe de fazer parte dos registros individuais de quem os pratica em nome da sincera e indispensável fraternidade.
Deus nos proporciona todos os dias, as mais diversificadas oportunidades de realização no campo das boas ações, para que possamos elaborar com segurança a construção da nossa ascensão em benefício da nossa própria felicidade na vida do porvir, e, cabe a cada criatura usando de seu próprio livre arbítrio, isto é, da decisão de realizar ou não o que a situação lhe exige, e decidir por aproveitar a chance de estender suas mãos a quem dele se fizer carente, beneficiando-o e por conseqüência beneficiando-se também.
Foi Jesus que nos afirmou que: “a cada um segundo as suas obras”, deixando-nos o recado de que o resultado da plantação será sempre a colheita boa ou má, dependendo de cada um a escolha do que plantar, caridade ou indiferença, empenho ou desprezo, trabalho ou inércia.
A Doutrina espírita nos ensina que “Fora da Caridade não há salvação”. Dessa forma, para quem deseja a salvação, ou seja a vitória sobre suas mazelas inferiores, no progresso individual a caminho da perfeição e da pureza do Espírito Imortal que todos somos, não resta melhor alternativa, senão seguir os exemplos deixados por aquele que é para todos nós, o Caminho a Verdade e a Vida.Precisamos ter sempre em mente, essa certeza cristalina.

Espírito: Josepha
Por: Francisco Rebouças.