Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Espiritismo segue crescendo, vencendo os desafios!

O verdadeiro seguidor do Espiritismo não tem que se preocupar com os ataques dos pseudo-religiosos, que espalham a todo o vapor as inverdades, difamações, e falsas teorias das quais o espiritismo jamais se utilizou, isto porque, a cada dia as verdades que compõem os princípios doutrinários ensinados pelos Nobres Guias da Espiritualidade Superior, estão sendo ratificados pela ciência, isso mesmo, a ciência que nada mais é que a descoberta das Leis Naturais pelos homens, através dos estudos, e das pesquisas, levados a efeito por homens cientistas dedicados e adredemente preparados no mundo espiritual para tal desafio.

Assim sendo, cabe a cada um de nós espíritas seguir com a seriedade o que a nossa doutrina exige de todos os seus adeptos, ou seja: estudar e levar adiante seus conceitos de paz e fraternidade, atendendo ao clamor do seu ensino maior a todos nós espíritas, para a observância de que: “Fora da caridade não há salvação”.

Sabemos que nós seguidores da doutrina espírita, precisamos continuar a amar e instruir-nos, conforme o ensinamento do Espírito de Verdade, para que possamos entender sem qualquer dificuldade que “fé inabalável, só o é a que pode encarar frente a frete a razão em todas as épocas da humanidade”, isto é, que uma fé sem ouvir os argumentos da razão, não pode ser seguida por quem estuda e usa da bênção da inteligência.

Allan Kardec, respondendo aos seus inquiridores, foi preciso em suas explicações, conforme se pode constatar nos argumentos que seguem, onde soube com respeito e consideração, fazer resplandecer ao mundo a solidez e a beleza da doutrina espírita.

Que também nós, possamos ter disposição e competência para esclarecer e divulgar de forma correta os verdadeiros princípios contidos na codificação do espiritismo que dizemos seguir, sem esmorecimentos e sem omissão, fazendo a parte que os espíritos superiores dedicaram à nossa responsabilidade, na implantação da moral contida no Evangelho de Jesus, nos corações de todos os homens na Terra.

Impotência dos detratores

Visitante -– Eu concordo que entre os detratores do Espiritismo há pessoas inconseqüentes, como esta de que acabais de falar; mas, ao lado destas, não há homens de um valor real e cuja opinião é de um certo peso?

“A.K. – Eu não o contesto de modo algum. A isso respondo que o Espiritismo conta também em suas fileiras com um bom número de homens de um valor não menos real. Eu digo mais: que a imensa maioria dos espíritas se compõem de homens inteligentes e estudiosos. Só a má fé poder dizer que eles são recrutados entre os incautos e os ignorantes.

Um fato peremptório responde, aliás, a esta objeção: é que malgrado seu saber ou sua posição oficial, ninguém conseguiu deter a marcha do Espiritismo. Todavia, não há entre eles um só, desde o mais medíocre folhetinista, que não esteja se vangloriando de lhe vibrar o golpe mortal. Todos, sem exceção, ajudaram, sem o querer, a vulgarizá-lo. Uma idéia que resiste a tantos esforços, que avança sem tropeço através da fúria dos golpes que lhe dão, não prova sua força e a profundidade de suas raízes? Esse fenômeno não merece atenção dos pensadores sérios? Outros também se dizem hoje que ele deve ter alguma coisa, que pode ser um desses grandes e irresistíveis movimentos, que, de tempos em tempos, comovem as sociedades para transformá-las.

Assim o foi sempre com todas as idéias novas chamadas a revolucionarem o mundo. Elas encontram obstáculos, porque têm que lutar contra os interesses, os preconceitos, os abusos que elas vêm
derrubar. Mas como estão nos desígnios de Deus, para cumprir a lei do progresso da Humanidade, quando a hora é chegada, nada saberia detê-las. É a prova de que elas são a expressão da verdade.

Essa impotência dos adversários do Espiritismo prova, primeiro, como eu o disse, a ausência de boas razões, uma vez que aqueles que se lhe opõem não convencem; ela, porém, se prende a uma outra causa que frustra todas as suas combinações. Espantam-se com o seu progresso, malgrado tudo o que fazem para detê-lo; ninguém lhe encontra a causa, porque a procuram onde ela não está. Uns a vêem na força do diabo, que se mostraria assim mais forte que eles, e mesmo que Deus, outros, no desenvolvimento da loucura humana. O erro de todos é crer que a fonte do Espiritismo é única, e que repousa sobre a opinião de um homem; daí a idéia de que arruinando a opinião desse homem, arruinarão o Espiritismo. Eles procuram essa fonte sobre a Terra, enquanto ela está no espaço; ela não está num lugar determinado, está por toda parte, porque os Espíritos se manifestam por toda parte, em todos os países, no palácio como na choupana. A verdadeira causa está, pois, na própria natureza do Espiritismo que não recebe seu impulso de uma pessoa só, mas que permite a cada um receber diretamente comunicações dos Espíritos e se assegurar assim da realidade dos fatos. Como persuadir a milhões de indivíduos que tudo isso não é senão malabarismo, charlatanismo, destreza, quando são eles mesmos que obtêm esses resultados sem o concurso de ninguém? Se lhes fará crer que são seus próprios companheiros que fazem charlatanismo e escamoteação só para eles?

Essa universalidade das manifestações dos Espíritos que vêm a todos os pontos do globo, vem dar um desmentido aos detratores e confirmar os princípios da doutrina; é uma força que não pode ser compreendida por aqueles que não conhecem o mundo invisível, da mesma forma que aqueles que não conhecem a lei da eletricidade não podem compreender a rapidez da transmissão de um telegrama. É contra essa força que vêm se quebrar todas as negações, porque é como se se dissesse às pessoas que recebem os raios do sol, que o sol não existe.

Abstração feita das qualidades da doutrina, que satisfaz mais do que aquelas que se lhe opõem, aí está a causa dos fracassos daqueles que tentam deter-lhe a marcha. Para terem sucesso seria preciso que encontrassem um meio de impedir os Espíritos de se manifestarem. Eis porque os espíritas tomam tão pouco cuidado com as suas manobras; eles têm a experiência e a autoridade dos fatos”. 1

Que Jesus possa nos dar força e inspiração, para continuarmos nesse processo de transformação da humanidade através de nossos exemplos de reais discípulos do Mestre de Nazaré.

Fonte:
1) Livro: O que é o Espiritismo. – FEB. 40ª edição.

Francisco Rebouças.