(JOÃO, capítulo 21, versículo 22.) ¹
Precisamos atentar para o fato, de que seriam diferentes e muito melhores os resultados finais das diversas tarefas executadas por todos, se, cada qual de nós, se preocupasse em cuidar com carinho e devotamento em executar da forma mais perfeita possível, a parte que nos compete com esmero e responsabilidade.
Deveríamos agir de forma diferente da que normalmente agimos quando alguém é determinado para executar esse ou aquele trabalho, que primeiramente pensamos “que só nós poderíamos e deveríamos ser chamados, para tal cometimento”, pois, sem dúvida alguma, temos todas as credenciais necessárias para o perfeito desempenho de tal tarefa, e esquecemos de dar nossa contribuição mesmo que de forma indireta, confortando e incentivando o nosso companheiro, para que triunfe na tarefa sob sua responsabilidade, pois, seu sucesso, deveria ser também motivo de alegria para nós outros, afinal, não somos todos irmãos e espíritas?
Se alguém, entre esses irmãos, não consegue os resultados que dele se esperava, aí então, para muitos é motivo de satisfação íntima, como a dizer: bem feito, não me chamaram, aí está o resultado; outros se tornam verdadeiros perseguidores cobrando resultados, muitas das vezes, não alcançado pela própria falta de boa vontade e cooperação do insatisfeito e invejoso perseguidor, que se utiliza de comentários nada cristãos, e de julgamentos apressados visando diminuir a importância da tarefa do companheiro escolhido.
Poucos são os que realmente se comportam de forma elevada, na compreensão de que ninguém é perfeito, e que qualquer um de nós pode cometer erros, e por isso mesmo, entende não ter o direito de julgar seu semelhante, pois, sabe perfeitamente que ainda estamos muito longe da melhor condição daqueles que podem analisar um acontecimento qualquer de forma a observar todos os ângulos, sem a influência do egoísmo e do orgulho que campeiam em nosso íntimo na atualidade de nossas condições de moralidade.
Precisamos aprender a enxergar primeiramente os nossos defeitos e procurar corrigi-los, para que não entremos na tentação de que os nossos modestos pontos de vista alicerçados no nosso orgulho camuflado nos pode tisnar a visão, fazendo-nos escravos dos pré-conceitos, que carregamos de tempos imemoriais, dos quais precisamos nos livrar o quanto antes.
É preciso que não nos esqueçamos de que foi Jesus quem nos afirmou, que nenhuma de suas ovelhas se perderia, pois, como pastor do rebanho que o Pai lhe confiou, não deixaria ninguém sem os recursos do seu amor, e buscarmos por nossa vez, realizar da forma mais adequada possível as atribuições a nós confiadas pela Soberana sabedoria do Universo, assumindo e cumprindo com os nossos deveres de modo a atender da melhor maneira possível a condição de co-criadores que somos.
Assim sendo, preciso se faz ter a perfeita medida das nossas obrigações, mudando nossa atitude de fiscais do serviço dos outros e nos dedicarmos com alegria e discernimento no trabalho de transformação do homem velho que habita em nós a tantos séculos, para darmos oportunidade ao nascimento e crescimento do homem novo que jaz esquecido no imo do nosso ser; procurando tomar a iniciativa de nos engajarmos em um dos tantos trabalhos nobres a realizar, que estão a espera simplesmente que nos decidamos por executá-los.
Quanto ao nosso irmão em caminhada, procuremos ajudá-lo se nos for possível, e nunca desejar que não consiga êxito em qualquer de suas atribuições, pois, o fracasso dele é o nosso próprio fracasso, visto que, somos todos membros da mesma Família Universal; e, se acaso ele estiver desviado de suas finalidades, é digno de nossa compreensão e ajuda, conforme nos alertou o Mestre de Nazaré quando nos disse: “não necessitam de médico os sãos, mas sim os enfermos”. ²
Bibliografia:
1) Evangelho de JOÃO, capítulo 21, versículo 22.
2) Evangelho de Mateus, cap. 9, versículo 12.
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