Romanos, 8/31.
Por essa razão, se nos detivermos na análise da pergunta contida na Epístola de Paulo aos Romanos, utilizando-nos dos ensinamentos da doutrina espírita, responderemos imediatamente e sem pestanejar: contra nós, estarão nossas construções infelizes do passado, que hoje colhemos e que nos mantêm presos a sérios compromissos de reparação perante as sábias e imutáveis Leis do Universo.
A Doutrina Espírita, é essencialmente educadora, e não deixa em momento algum nos faltar o sentido de responsabilidade que devemos assumir perante nossa atual situação de inferioridade e a conseqüente tomada de decisão que precisamos realizar na construção do nosso progresso moral-espiritual como Ser fadado à perfeição e à felicidade.
Esclarece-nos que, somente através do desenvolvimento das Virtudes Divinas, latentes no imo do nosso Ser, e através do trabalho incessante no bem, poderemos reverter a situação, e desde já, iniciar uma nova trajetória, construindo um futuro diferente do nosso presente, pois, se não nos é possível modificar o passado, poderemos sempre melhorar o porvir.
Para isso, nos ensina que as tribulações que nos angustiam hoje, são resultantes de decisões equivocadas que tomamos no ontem distante, e que nos estão retornando exigindo reparação; quando nos instrui sobre lei de causa e efeito, nos mostra a lógica da Justiça Divina, nas relações familiares, sociais, profissionais etc., e todas as outras desditas de que hoje somos “vítimas”, neste abençoado planeta de provas e expiações, com todos os ingredientes de punição dos quais nos fizemos merecedores.
Ao mesmo tempo em que nos esclarece sobre nossas responsabilidades abre-nos o entendimento para compreendermos que depende exclusivamente de cada um de nós, a decisão de continuar no mesmo caminho trilhado a milênios ou a decisão de procurar novos roteiros que nos conduzam no futuro a melhores paragens.
Assegura ainda, que a Terra passa por uma necessária e importante transformação, e que podemos com nosso esforço e dedicação, apressarmos o estabelecimento em nosso mundo do estado de Regeneração, garantindo para toda a sua população dias melhores que os de hoje, com mais harmonia e menos desentendimentos, pois, esse estado de regeneração chegará, cedo ou tarde, para tantos quanto fizerem por merecer.
Os ensinamentos do Mestre de Nazaré, contidos no seu Evangelho, é o perfeito ingrediente que se bem utilizado, nos levará à necessária transformação moral, requisito indispensável ao Bom Cristão para a obtenção desse estado de paz e de felicidade, tão desejado por toda a humanidade.
Não podemos nos achar simplesmente sofredores vítimas da “ má sorte”, como se não tivéssemos nenhuma responsabilidade pelos acontecimentos de nossas vidas, pois, bem nos esclarece a Doutrina Espírita, que Deus é perfeito, Bom e Justo, e o que é perfeito não comete equívocos; temos sim é que assumir nossas responsabilidades, e marchar com nova disposição em busca da Pureza e da Perfeição, pois, somos espíritos em processo evolutivo, assumindo que ainda cometeremos muitos erros, mas procurando sempre acertar, caindo, e levantando, trabalhando na implantação do bem em nossas atitudes diárias, buscando vencer a batalha maior que é contra nós mesmos, resistindo às tentações que continuarão a nos buscar, tendo como fonte de toda e qualquer ação , as mensagens e os exemplos deixados por Jesus.
Tenhamos absoluta certeza, que chegará o dia em que nossos esforços serão recompensados, e que se fizermos por merecer a companhia e o amparo dos Celestes Emissários do Rabi da Galiléia, mais cedo conquistaremos esse estado de espírito que tanto nos inquieta, e se fará sentir na paz da consciência tranqüila, e na certeza do dever retamente cumprido.
E para isso, ouçamos o Espírito de Verdade quando nos chama a atenção para dois ensinamentos primorosos para que possamos encontrar com segurança o caminho que nos levará à perfeição e à felicidade, quando no Evangelho Segundo o Espiritismo em seu Capítulo VI, nos diz: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.
Bibliografia:
Epístola de Paulo aos Romanos Cap. 8 vv. 31;
Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo – FEB, 106ª edição , Cap. VI, item 5.
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