O provocador é alguém de mal consigo mesmo e com a vida à sua volta, e por essa razão, não descansa enquanto não vê espalhados em torno de si as vibrações tóxicas do azedume, do mal humor, da anarquia, irradiando mal-estar em tantos quanto lhes dão acesso.
Sente-se feliz por provocar polêmicas e discussão por qualquer coisa, agindo normalmente com insensatez, contrariando a tudo e a todos que não se coadunam com suas loucas e irrefletidas proposições, demonstrando a cegueira espiritual em que está imerso, exibindo abundante presunção, achando-se em qualquer assunto o portador da verdade incontestável.
Considera-se até mesmo fora de qualquer contestação, não admitindo em hipótese alguma ser contrariado, por quem quer que seja, procurando demonstrar aos olhos de todos o quanto não se preocupa com a falta de consideração e respeito às opiniões dos seus opositores.
Sua forma de polemizar, nada mais esconde que a força dos sentimentos de frustrações e fracassos, que abriga em seu íntimo, nascida do despeito, da inveja, da mágoa, que se transformam em paixão doentia e danosa a ferir-lhe o "amor próprio" mal entendido, produzindo desarmonia, trevas e afastando-o cada vez mais da luz e do esclarecimento, empobrecendo-o de bom senso e discernimento.
Quando te achares alvo do fogo das provocações, desses insensatos e infelizes irmãos, medita nas desvantagens que te acarretarão um confronto com o teu provocador, e desvia tua atenção para as coisas que te possas propiciar a utilização do teu tempo de forma útil, produtiva, benéfica e procura entender que de fato é o doente é que precisa de médico como nos asseverou o Mestre de Nazaré, e atende ao apelo de tua consciência que pede respeitar teu próximo, amando-o como ele é, certo de que a opinião dos outros sob teu procedimento, terá o valor que lhes der.
Assim, evita as discussões inúteis, que nada de positivo te proporcionarão, e adota o comportamento de verdadeiro Cristão, construtor da paz, espargindo esperanças iluminando as consciências dos equivocados do teu caminho, agindo como um legítimo mensageiro da boa nova.
Segue o exemplo do insigne Codificador do espiritismo, Allan Kardec, que atacado por adversários gratuitos, e combatido até mesmo por amigos que lhes partilhavam a convivência mas, não lhes correspondiam às afeições, jamais se defendeu, debateu ou polemizou no campo da vulgaridade.
Em todas as oportunidades que se dedicou a responder às críticas de seus opositores, sempre o fez com equilíbrio, dignidade, elevação da linguagem, utilizando-se de argumentação sólida e clara com respeito pelo seu oponente, mantendo o nível da discussão nos limites das idéias, não se utilizando jamais de termos agressivos ou com ofensas para com quem quer que fosse.
Jesus nosso modelo e guia, constantemente provocado pelos inimigos da luz, manteve sempre seu alto padrão de entendimento e amor, aplicando a todos os recursos da compaixão de que se faziam carentes.
A tantos quantos te provocarem com intuito de chamar-te à polêmica, responde com teu silêncio e tuas atitudes pacíficas e moderadas, pois tuas ações equilibradas e corretas desmentirão as possíveis acusações de que te tornares vítima, sem que necessites te envolver em polêmicas desnecessárias e sem proveito.
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