segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Estudando o espiritismo - A Gênese
57. - Uma das questões mais importantes, entre as propostas no começo deste capítulo, é a seguinte Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis?
A objeção seria ponderosa, se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceitá-la de olhos fechados. Perde, porém, todo valor, desde que o homem concorra para a revelação com o seu raciocínio e o seu critério; desde que os Espíritos se limitam a pô-lo no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos fatos. Ora, as manifestações, nas suas inumeráveis modalidades, são fatos que o homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas as categorias, que, de tal modo, são mais colaboradores seus do que reveladores, no sentido usual do termo. Ele lhes submete os dizeres ao cadinho da lógica e do bomsenso:
desta maneira se beneficia dos conhecimentos especiais de que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, sem abdicar o uso da própria razão.
Sendo os Espíritos unicamente as almas dos homens, comunicando-nos com eles não saímos fora da Humanidade, circunstância capital a considerar-se.
Os homens de gênio, que foram fachos da Humanidade, vieram do mundo dos Espíritos e para lá voltaram, ao deixarem a Terra. Dado que os Espíritos podem comunicar-se com os homens, esses mesmos gênios podem dar-lhes instruções sob a forma espiritual, como o fizeram sob a forma corpórea. Podem instruirnos, depois de terem morrido, tal qual faziam quando vivos; apenas, são invisíveis, em vez de serem visíveis; essa a única diferença. Não devem ser menores do que eram a experiência e o saber que possuem e, se a palavra deles, como homens, tinha autoridade, não na pode ter menos, somente por estarem no mundo dos Espíritos.
Fonte: A Gênese - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA, item 57.
O Espiritista