sábado, 27 de fevereiro de 2010
Página da semana
46 - NA CRUZ
“Ele salvou a muitos e a si mes¬mo não pôde salvar-se.” — (MATEUS, capítulo 27, versículo 42.)
Sim, ele redimira a muitos...
Estendera o amor e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos.
Entretanto, para ele mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...
Era o Príncipe da Paz e achava-se vencido pela guerra dos interesses inferiores.
Era o Salvador e não se salvava.
Era o Justo e padecia a suprema injustiça.
Jazia o Senhor flagelado e vencido.
Para o consenso humano era a extrema perda.
Caíra, todavia, na cruz.
Sangrando, mas de pé.
Supliciado, mas de braços abertos.
Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra.
Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor.
Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina. Pendera-lhe a fronte, empastada de sangue, no madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim.
Convertia-se a derrota escura em vitória resplan¬decente. Cobria-se o lenho afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira.
Assim também ocorre no círculo de nossas vidas. Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores. Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/André Luiz
Francisco Rebouças
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
ERGUER E AJUDAR
"E ele, dando-lhe a mão, a levantou,. ," - (ATOS, 9:41.)
Muito significativa a lição dos Atos, quando Pedro restaura a irmã Dorcas para a vida.
Não se contenta o apóstolo em pronunciar palavras lindas aos seus ouvidos, renovando-lhe as forças gerais.
Dá-lhe as mãos para que se levante.
O ensinamento é dos mais simbólicos.
Observamos muitos companheiros a se reerguerem para o conhecimento, para a alegria e para a virtude, banhados pela divina claridade do Mestre, e que podem levantar milhares de criaturas para a Esfera Superior.
Para isso, porém, não bastará a predicação pura e simples. o sermão é, realmente, um apelo sublime, do qual não prescindiu o próprio Cristo, mas não podemos esquecer que o Celeste Amigo, se doutrinou no monte, igualmente no monte multiplicou os pães para o povo esfaimado, restabelecendo-lhe o ânimo.
Nós, os que nos achávamos mortos na ignorância, e que hoje, por acréscimo da Misericórdia Infinita, já podemos desfrutar algumas bênçãos de luz, precisamos estender o serviço de socorro aos demais.
Não nos desincumbiremos, porém, da. Tarefa salvacionista, simplesmente pronunciando alguns discursos admiráveis.
É imprescindível usar nossas mãos nas obras do bem.
Esforço dos braços significa atividade pessoal.
Sem o empenho de nossas energias, na construção do Reino Espiritual com o Cristo, na Terra, debalde alinharemos observações excelentes em torno das preciosidades da Boa Nova ou das necessidades da redenção humana.
Encontrando o nosso irmão, caído na estrada, façamos o possível por despertá-lo com os recursos do verbo transformador, mas não olvidemos que, para trazê-lo de novo à vida construtiva, será indispensável, segundo a inesquecível lição de Pedro, estender-lhe fraternalmente as nossas mãos.
Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL
O Espiritista
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Estudando o espiritismo - A Gênese
57. - Uma das questões mais importantes, entre as propostas no começo deste capítulo, é a seguinte Que autoridade tem a revelação espírita, uma vez que emana de seres de limitadas luzes e não infalíveis?
A objeção seria ponderosa, se essa revelação consistisse apenas no ensino dos Espíritos, se deles exclusivamente a devêssemos receber e houvéssemos de aceitá-la de olhos fechados. Perde, porém, todo valor, desde que o homem concorra para a revelação com o seu raciocínio e o seu critério; desde que os Espíritos se limitam a pô-lo no caminho das deduções que ele pode tirar da observação dos fatos. Ora, as manifestações, nas suas inumeráveis modalidades, são fatos que o homem estuda para lhes deduzir a lei, auxiliado nesse trabalho por Espíritos de todas as categorias, que, de tal modo, são mais colaboradores seus do que reveladores, no sentido usual do termo. Ele lhes submete os dizeres ao cadinho da lógica e do bomsenso:
desta maneira se beneficia dos conhecimentos especiais de que os Espíritos dispõem pela posição em que se acham, sem abdicar o uso da própria razão.
Sendo os Espíritos unicamente as almas dos homens, comunicando-nos com eles não saímos fora da Humanidade, circunstância capital a considerar-se.
Os homens de gênio, que foram fachos da Humanidade, vieram do mundo dos Espíritos e para lá voltaram, ao deixarem a Terra. Dado que os Espíritos podem comunicar-se com os homens, esses mesmos gênios podem dar-lhes instruções sob a forma espiritual, como o fizeram sob a forma corpórea. Podem instruirnos, depois de terem morrido, tal qual faziam quando vivos; apenas, são invisíveis, em vez de serem visíveis; essa a única diferença. Não devem ser menores do que eram a experiência e o saber que possuem e, se a palavra deles, como homens, tinha autoridade, não na pode ter menos, somente por estarem no mundo dos Espíritos.
Fonte: A Gênese - CARÁTER DA REVELAÇÃO ESPÍRITA, item 57.
O Espiritista
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Prêmio ao sacrifício
Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.
O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lucros administrativos. Dentro de vinte e cinco anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e distribuía os lucros com justiça e bondade.
O segundo estudou muito tempo e tornou-se juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.
O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.
Viu-a triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bénçãos divinas.
Bastou isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham rogar-lhe o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino. Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através da oração, ajudando-os, cada vez mais.
Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de tempo.
Quando se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.
O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em benefício de muitos. O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.
O primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados e o segundo foi tam¬bém louvado pela justiça que semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralí¬tico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.
Então, o Mensageiro falou-lhe, feliz:
— Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a faina que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.
E o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.
Livro: Alvorada Cristã
Chico Xavier/Neio Lúcio
O Espiritista
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Evento espírita na Flórida
Café da Manhã - 13 e 14 de Fevereiro - Seminário
"Unificação e Organização para a Difusão da Doutrina Espírita" com Nestor Masotti.13 de Fevereiro: 4:00PM -8:00PM
14 de Fevereiro: 2:00pm - 6:00PM
Local: KSSF - Kardecian Study Society of Florida está localizado nos Estados Unidos (EUA), South Florida há uma hora de Miami.
254 SW 12th Avenue
Deerfield Beach, FL 33442-3104
Telefones: 954-825-5578
Mais informações: E-Mail: info@kardecian.org
A Federação Espírita da Flórida convida a todos os trabalhadores, dirigentes, coordenadores e frequentadores no movimento espírita para um Seminário informativo, conduzido por Nestor Masotti, atual Presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB) e secretário-geral do Conselho Espírita Internacional (CEI).
Este seminário será voltado aos dirigentes e trabalhadores dentro da Doutrina Espírita, e abordará a importância da Unificação e Organização dentro desta. O seminário consiste de dois dias: Sabado, 13 de Fevereiro (apresentação inicial) e no domingo, dia 14 (perguntas e respostas).
Café da Manhã - 14 de Fevereiro
Palestra: "Companheirismo" com Gilberto Rustice.
Delicioso Café da Manhaã à brasileira! Traga toda a família e prestigiem mais esse evento no nosso Centro.
Doação sugerida: $10.00
Crianças menores de 13 anos não pagam.
Jovens maiores de 13 que estão matriculados no KSSF Youth Study Group não pagam.
SUA PARTICIPAÇÃO NOS EVENTOS DA CASA AJUDA A MANTER O CENTRO ESPIRITA.
PARTICIPE!
Parábola dos talentos
O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. — Depois de dar cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, a cada um segundo a sua capacidade, partiu imediatamente. — Então, o que recebeu cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou cinco outros. — O que recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos. Mas o que recebera um cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. — Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a contas. — Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que ganhei. — Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor. — O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. — O amo lhe respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor. — Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste; — por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui o tens: restituo o que te pertence. — O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, — devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. — Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos; — porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes. (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 14 a 30.)
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, item 6.
O Espiritista
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Página da semana
45 - SOMENTE ASSIM
"Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos." - Jesus. (JOÃO, 15:8.)
Em nossas aflições, o Pai é invocado.
Nas alegrias, é adorado.
Na noite tempestuosa, é sempre esperado com ânsia.
No dia festivo, é reverenciado solenemente.
Louvado pelos filhos reconhecidos e olvidado pelos ingratos, o Pai dá sempre, espalhando as bênçãos de sua bondade infinita entre bons e maus, justos e injustos.
Ensina o verme a rastejar, o arbusto a desenvolver-se e o homem a raciocinar.
Ninguém duvide, porém, quanto à expectativa do Supremo Senhor a nosso respeito. De existência em existência, ajuda-nos a crescer e a servi-Lo, para que, um dia, nos integremos, vitoriosos, em seu divino amor e possamos glorificá-Lo.
Nunca chegaremos, contudo, a semelhante condição, simplesmente através dos mil modos de coloração brilhante dos nossos sentimentos e raciocínios.
Nossos ideais superiores são imprescindíveis, e no fundo assemelham-se às flores mais belas e perfumosas da árvore. Nossa cultura é, sem dúvida, indispensável, e, em essência, constitui a robustez do tronco respeitável. Nossas aspirações elevadas são preciosas e necessárias, e representam as folhas vivas e promissoras.
Todos esses requisitos são imperativos da colheita.
Assim também ocorre nos domínios da alma.
Somente é possível glorificar o Pai quando nos abrimos aos seus decretos de amor universal, produzindo para o bem eterno.
Por isso mesmo, o Mestre foi claro em sua afirmação.
Que nossa atividade, dentro da vida, produza muito fruto de paz e sabedoria, amor e esperança, fé e alegria, justiça e misericórdia, em trabalho pessoal digno e constante, porquanto, somente assim o Pai será por nós glorificado e só nessa condição seremos discípulos do Mestre Crucificado e Redivivo.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Curso - Estudo e Educação da Mediunidade
Caros amigos, a UMEN- União da Mocidade Espírita de Niterói, estará realizando em sua sede, na Rua Princesa Isabel, nº 45, Bairro de Fátima, Niterói/RJ, no per´riodo do dia 3 de março a 29 de setembro de 2010, das 19:30 às 21:30, sempre às quartas-feiras, um estudo sobre a educação da mediunidade. O estudo está baseado nas apostilas da FEB (Curso de Estudo e Educação da Mediunidade - Programa I e II) e está aberto a todos os interessados em estudar a Doutrina Espírita.
Programa do curso
03/03 - Espírito, matéria e fluidos
10/03 - Perispírito e principio vital
17/03 - A fluidoterapia espírita - O passe
24/03 - A prece e sua ação fluídica
31/03 - A faculdade mediúnica : conceito e classificação
07/04 - Fenômenos anímicos : diferenciar fenômenos mediúnicos e anímicos
14/04 - O papel da mente e do perispírito e nas comunicações mediúnicas
21/04 - Transes psíquicos e concentração
28/04 - A influência moral do médium e do meio ambiente nas comunicações
05/05 - Manifestações mediúnicas : efeitos físicos, intelectuais e visuais
12/05 - Obsessão : o obsessor, o obsidiado e o processo
19/05 - Obsessão : tipos e graus, mediunidade e loucura
26/05 - Desobsessão
02/06 - Terapia espírita das obsessões
09/06 - O método de comprovação mediúnica utilizado por Allan Kardec -
análise das comunicações (estudo em grupo)
16/06 - O papel dos participantes encarnados e desencarnados
23/06 - O transe mediúnico : conceito, graus e etapas
30/06 - Mecanismo do intercâmbio mediúnico
07/07 - A manifestação do fenômeno mediúnico
14/07 - Mediunidade de psicofonia
21/07 - Mediunidade de psicografia
28/07 - Mediunidade de vidência e audiente
04/08 - Mediunidade de intuição, de inspiração e de pressentimento
11/08 - Faculdades mediúnicas : artísticas, xenoglossia, profecia, transporte
18/08 - Fenômenos de ectoplasmia
25/08 - O diálogo com os Espíritos comunicantes
01/09 - Atendimento (etapas) aos espíritos necessitados
08/09 - Manifestação mediúnica de espíritos protetores, amigos e familiares
15/09 - O Evangelho de Jesus - estudo do Evangelho em grupo
22/09 - Apostila Reunião Mediunica - antes, durante e depois
29/09 - Apostila Reunião Mediunica - antes, durante e depois
Inscrições
Para solicitar sua inscrição, preencha o formulário na biblioteca da UMEN, ou ainda através do endereço eletrônico:
Importante: Formulários com erro de preenchimento (endereço, telefone e e-mail inválidos) não serão considerados, pois não teremos como confirmar a inscrição.
Francisco Rebouças
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra
Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)
Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.
Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino. Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho. Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XII, itens 7 e 8.
O Espiritista
Assinar:
Postagens (Atom)