Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

sábado, 28 de novembro de 2009

Página da semana

37 - NA OBRA REGENERATIVA


“Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa. vós, que sois espirituaiS, orientai-O com espírito de mansidão, velando por vós mesmos para que não se­jais igualmente tentados.” - Paulo (GÁLATAS, capítulo 6, versículo 1.)

Se tentamos orientar o irmão perdido nos cipoais do erro, com aguilhões de cólera, nada mais fazemos que lhe despertar a ira contra nós mesmos.

Se lhe impusermos golpes, revidará com outros tantos.

Se lhe destacamos as falhas, poderá salientar os nossos gestos menos felizes.

Se opinamos para que sofra o mesmo mal com que feriu a outrem, apenas aumentamos a percenta­gem do mal, em derredor de nós.

Se lhe aplaudimos a conduta errônea, aprova­mos o crime.

Se permanecemos indiferentes, sustentamos a perturbação.

Mas se tratarmos o erro do semelhante, como quem cogita de afastar a enfermidade de um amigo doente, estamos, na realidade, concretizando a obra regenerativa.

Nas horas difíceis, em que vemos um compa­nheiro despenhar-se nas sombras interiores, não olvi­demos que, para auxiliá-lo, é tão desaconselhável a condenação, quanto o elogio.

Se não é justo atirar petróleo às chamas, com o propósito de apagar a fogueira, ninguém cura chagas com a projeção de perfume.

Sejamos humanos, antes de tudo.

Abeiremo-nos do companheiro infeliz, com os valores da compreensão e da fraternidade.

Ninguém perderá, exercendo o respeito que de­vemos a todas as criaturas e a todas as coisas.

Situemo-nos na posição do acusado e reflitamos se, nas condições dele, teríamos resistido às suges­tões do mal. Relacionemos as nossas vantagens e os prejuízos do próximo, com imparcialidade e boa intenção.

Toda vez que assim procedermos, o quadro se modifica nos mínimos aspectos.

De outro modo será sempre fácil zurzir e con­denar, para cairmos, com certeza, nos mesmos deli­tos, quando formos, por nossa vez, visitados pela tentação.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
O Espiritista