Quando o culto do Evangelho
Brilha no centro do Lar,
A luta de cada dia
Começa a santificar.
Onde a língua tresloucada
Dilacera e calunia,
Brotam flores luminosas
De sacrossanta alegria.
No lugar em que a mentira
Faz guerra de incompreensão,
A verdade estabelece
O império do Amor cristão.
Onde a ira ruge e morde,
Qual rude e invisível fera,
Surge o silêncio amoroso
Que entende, respeita e espera,
A mente dos aprendizes,
Bebe luz em pleno ar,
Todos disputam contentes,
A glória do verbo dar.
*psicografada por Chico Xavier em 16 de dezembro de 1948.
(Casimiro Cunha nasceu na cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, em 1880, e desencarnou em 1914, com apenas 34 anos. Um acidente cegou um de seus olhos quando tinha apenas 14 anos. Aos 16, ficou cego do outro. Não foi além da escola primária. Era forte, bem-humorado e cheio de fé. Após sua desencarnação, deu-nos dezenas de poemas pela psicografia de Chico Xavier, como o acima, constante do livro “Belos casos de Chico Xavier”.)