Na vida somos levados a fazer a todo instante alguma coisa, mas, raros são aqueles dentre nós que não precise ter nova oportunidade de reencarnar sem a obrigação de voltar à vida física para desfazer ou mesmo refazer o que não fizemos com esmero. Isso sem falar nas inúmeras outras oportunidades que desperdiçamos as horas do dia de forma ociosa, indiferente e irresponsável.
Sem o senso moral adequadamente desenvolvido, nos mantivemos escravos da preguiça, movimentando-nos na inutilidade, o que nos impõe a rigidez da Lei a uma volta à vida material com sérios comprometimentos, e, com a difícil tarefa de desenvolver na presente existência não só os deveres de hoje, mas também a responsabilidade de desfazer as teias da inércia que tecemos outrora.
É preciso que entendamos desde já, que somente estarão dispensados da necessidade de reparação ou corrigenda, aqueles que se inspirarem e seguirem as lições e os exemplos deixados por Jesus, no constante exercício de burilamente individual que precisamos imediatamente empreender, contribuindo com nossa efetiva e importante parcela de trabalho que nos compete realizar na implantação e desenvolvimento do bem e da paz entre os homens.
Quem realiza algo, tendo por base as instruções contidas nos evangelhos do Cristo, estará fazendo da melhor forma em proveito de todos, pois, obrará sem a expectativa de remuneração, sem impor exigências, sem preocupação de evidência e sem a audácia de exibir superioridade, agindo como o Mestre de Nazaré que em todas as suas ações, nos exemplificou o verdadeiro sentimento de fraternidade e de caridade que tinha pelo indivíduo e pela coletividade.
Mostrou-nos o seu devotamento e respeito às instruções daquele que o enviou, fazendo o bem, sem outra paga além da alegria de estar executando a Vontade do Pai, valorizando a iniciativa caridosa da viúva, transforma Maria de Magdala, dando toda atenção às criancinhas exaltando a pureza de que são portadoras, multiplicando o pão para milhares de pessoas, reerguendo Lázaro do sepulcro e caminhando para o cárcere, com a atenção centralizada nos Desígnios Celestes, sem deixar em nenhum momento de se mostrar sereno, pacificado e confiante.
Assim sendo, precisamos aprender com Jesus a agir com mãos operosas, de forma decisiva para a felicidade comum, na oportunidade que ora estamos tendo, para que a ilusão dos tempos passados não mais nos influencie, com o desânimo no trabalho que precisamos operar, para que mais tarde, não sejamos visitados pelo fel do desencanto e da amargura, e sigamos resolutos buscando acima de qualquer outro objetivo o de ser útil, de modo que possamos sentir a alegria de seguir e viver sob as bênçãos e a companhia de Jesus –Cristo em nossos corações.
1) Epístola de Paulo. FILIPENSES 2:5.
O Espiritista.