São, quase sempre, pessoas responsáveis por realizar importantes tarefas em benefício da sociedade, colocadas em posição de destaque com a responsabilidade de resolver problemas que possam beneficiar os cidadãos que pagam seus impostos e cumprem suas obrigações para com o fisco, para receberem esses serviços; entre eles destacamos: segurança, saúde, educação, saneamento básico entre tantos outros.
Sabem que não precisam ter cuidado com as promessas que vivem a fazer a todo instante, pois, infelizmente o povo ainda não tem consciência dos seus direitos e pensam que estão sendo beneficiados por esses lobos inescrupulosos, que se aproveitam da posição que detêm para tirar proveito pessoal em todas as oportunidades, isto porque, na próxima oportunidade que necessitarem de apoio desses mesmos indivíduos por eles enganados e prejudicados, estarão distribuindo uma cesta básica e novas promessas que sabem não cumprirão, e certamente aqueles que receberem essas cestas e as novas promessas estarão garantindo a esses lobos vorazes novas oportunidades de mordomia e desrespeito aos tolos enganados.
Somos testemunhas dessas atitudes irresponsáveis todo dia, quando eles são chamados a responder pelos descasos, comprovados por reportagens e por diversos protestos realizados pelas comunidades prejudicadas, onde se pode comprovar a incoerência que se constata entre o que eles dizem e o que realmente fazem, quanto somos surpreendidos com seus discursos vazios onde, cômoda e sinicamente, se pronunciam de forma até debochada como a desafiar as inteligências e o bom senso de toda uma sociedade prejudicada e entregue ao caos urbano facilmente constatado em qualquer comunidade carente desse nosso país.
Assim, não se entregam às soluções dos problemas que só se acumulam, e que serão transmitidos aos próximos responsáveis pelas soluções, que por sua vez, nada farão também porque se desculparão com o descaso do responsável anterior, mantendo desde já uma desculpa bastante eficiente para não se preocuparem em algo realizar.
Está mais que na hora de se tomar uma atitude e parar com esse vício de deixar as coisas acontecerem como se nada tivéssemos a ver com o que está acontecendo à nossa volta, esperando que esses lobos tomem consciência da gravidade de suas responsabilidades perante a comunidade e principalmente diante da sublime Lei de Deus, o que muitos não acreditam e até fazem pouco caso, e nos unirmos na procura de soluções possíveis para esses problemas corriqueiros, tais como exigirmos dos órgão e das autoridades de direito as devidas providências, nós que já achamos que temos um pouco mais de consciência dos nossos deveres e direitos como cidadãos, mesmo não sendo nós os beneficiados diretos, pois, o indivíduo que não tem o que o poder público deveria lhe prover, estará à nossa porta a espreita de que paguemos por suas desditas e suas infelicidades.
Fazemos de alguma forma, parte das mesmas graves situações, pois, estamos inseridos nas mesmas sociedades e partilhamos dos mesmos casos que afligem nossos irmãos em humanidade, que muitos de nós pensamos que o problema pertence somente a eles, e só despertamos para a situação quando se sofre com alguma atitude infeliz desses indivíduos contra nós ou nossa família.
Precisamos fazer algo, para ajudar a melhorar e desenvolver essas comunidades e esses cidadãos, facilitando como nos for possível o encontro dessas pessoas, principalmente as crianças com o esporte e com a escola, para que adquiram instrução para se fazerem cidadãos capazes de no futuro lutar por seus próprios direitos e entendam por fim, que precisam não só de respeito, mas, também, de respeitarem seus semelhantes, não procurando se vingar da falta do básico para sua subsistência, agredindo ou desrespeitando as pessoas que como eles também lutam por suas sobrevivências.
Necessário se faz, urgentemente, estendermos as mãos unidas, como fizeram muitas das personalidades que a história registrou como exemplo entre muitos outros, o da Madre Tereza de Calcutá que, diante de um grupo de críticos que reprovavam o seu trabalho de alimentar os pobres da Índia, exatamente com o discurso de que “não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar”, se fez magistral quando lhes respondeu, diante das câmeras de televisão, com a seguinte proposta:
- “Que bom que vocês se preocupam em ensinar os pobres a pescar. Fico muito feliz em ver-lhes com essa disposição. Então vamos trabalhar juntos, sairemos por toda a Índia, eu, com minha equipe, dando a comida, e vocês formem uma equipe para, nas mesmas visitas, ensinarem os pobres a pescar. Quando vamos começar?”
Diante de tamanha sabedoria contida em sua proposta, os críticos, que só sabem reclamar sem nenhum envolvimento para a solução da questão, desapareceram, pois, os que assim se pronunciam, só levam em conta os inúmeros preguiçosos, irresponsáveis, que se apresentam de forma desonesta como vítimas da sorte, mas que na verdade não o são.
Não podemos generalizar, quando vemos um monte de pessoas com as mãos estendidas de segunda a sexta pedindo aos transeuntes nas ruas das cidades, esmolando sem necessidades, e até quem com esmola constrói patrimônios que muitos com trabalho honesto não conseguem, esses estarão cedo ou tarde diante do tribunal infalível da razão a chorar lágrimas de sangue pela “malandragem” de que se faziam utilizar, esquecendo que a Justiça Divina não os poupará do devido trabalho de crescimento e progresso de forma legítima, isto é, respeitando os preceitos da moral e da ética.
Dessa forma, convido ao trabalho de ajuda aos nossos irmãos em necessidades diversas, todos nós espíritas ou não, da forma que nos for possível, diante dos recursos de que podemos fazer uso, da maneira mais adequada a cada um, para buscarmos o lugar mais próximo de nossa atuação e dedicarmos um pouco do nosso tempo e dos nossos recursos no trabalho do bem e da caridade ao verdadeiro necessitado, com a intenção única de amenizar as dores e os sofrimentos dos nossos irmãos em humanidade, na certeza de que Jesus e os Bons Espíritos nos estarão acompanhando nos labores que empreendermos na tarefa de amor ao nosso próximo.
Francisco Rebouças.