Desde o início do século XVI, o Ano Novo era comemorado no dia 25 de março, data que assinalava a chegada da primavera. As festas tinham duração de uma semana e terminavam no dia 1o de abril. Dia esse, que antes do decreto acima mencionado era reconhecido como início do ano e depois passou a ser conhecido como dia da mentira por motivo das brincadeiras que eram feitas para provocar risos.
As brincadeiras, chamadas pelos franceses de plaisanteries, apareceram por todo o mundo. Citamos como exemplo a brincadeira da carta, que se enviava por um portador, designada a outra pessoa, na qual continha a seguinte frase: “Hoje é primeiro de abril. mande este burro para onde ele quiser ir”. Outra brincadeira muito comun, era a de mandar cartas convidando amigos para o casamento de pessoas que não se conheciam, nas quais, eram indicados todos os detalhes sobre o casamento fictício.
No Brasil a data começou a ser propagada em Pernambuco, onde circulou “A Mentira” em 1 de Abril de 1848, que noticiava sobre o falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. “A Mentira” saiu pela última vez em 14 de Setembro de 1849, esta solicitava aos credores um acerto de contas proposto em um local inexistente, que se realizaria no dia 1 do ano seguinte.
O dia da mentira não ocorre ao mesmo tempo em todo mundo e, ainda, é pouco conhecida pelos individuos que habitam no ocidente.
JFCR.