Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

segunda-feira, 3 de março de 2008

O Melindre na Casa Espírita, analisado por outro Prisma

Há muito, ouvimos falar de uma das faces do melindre, mais comum e explorada, que é aquela pela qual um trabalhador da casa espírita se aborrece, se chateia, se melindra, em virtude da sua maneira equivocada de entender as críticas ou sugestões a respeito de algo que faça, como pessoal, não aceitando de maneira natural qualquer idéia que contrarie seu ponto de vista inflexível.

Porém hoje, queremos comentar sobre uma maneira pouco divulgada, propositadamente, de um tipo de melindre imposto aos outros em forma de rotulagem, que esconde na verdade uma falta de respeito de alguns confrades que, aproveitando-se da maneira educada, gentil, discreta de vários outros trabalhadores, arquitetam covardemente de usar esse adjetivo aos que não lhes caem nas malhas da mesquinhez, não se submetem aos seus caprichos, e em não aceitando suas imposições, recebem a dura denominação que passam a ostentar, pela divulgação difamatórias dos insatisfeitos contrariados.

Por várias vezes, já tivemos a oportunidade de testemunhar e quando não testemunhamos, soubemos de inúmeros casos de alguém que foi taxado de tal adjetivo pejorativo, simplesmente por não se tornar capacho de certos indivíduos, que por se acharem os tais, se julgam no direito de humilhar, desrespeitar, difamar, quantos não os têm como Deuses, como se julgam no íntimo.

São pessoas que se disfarçam com a voz macia, aparência de calmos, exibem sabedoria, conhecimento da doutrina espírita, mas que por traz dessa falsa aparência, escondem seus estados primitivos de lobos vorazes e irracionais. Querem ser respeitados sem respeitarem, falar de boas maneiras, transformação íntima etc., sem fazerem absolutamente nada para se transformarem, achando que só aos outros cabe a mudança interior o crescimento moral, pois, eles agem como se fossem seres absolutamente perfeitos.

Estão sempre prontos a chamar a atenção dos outros, externar seus pontos de vista, discordar de tudo e de todos, mas, não são capazes de aceitar qualquer opinião ou comentário de quem quer que seja, desde que não esteja de acordo com o que apregoam. Acham-se acima do bem e do mal, e se alguém ousar contrariá-los, é no entender deles, por duas razões: ou porque “ é melindroso ou está obsidiado”.

Espalham, pelos quatro cantos da casa que freqüentam, que são muito antigos na casa e na doutrina, como se isso lhes dessem o direito de se acharem melhores que os outros, não levando em conta que em certos casos dizer-se que se é antigo na casa e na doutrina, se torna um argumento de grande responsabilidade, visto que quem mais sabe, mais é responsável pelas boas obras, pelos bons frutos, e se alguém é tão antigo na doutrina espírita e na casa espírita, tem o dever de ser o mais paciente, o mais compreensivo, o mais tolerante, o maior exemplo de como o espiritismo nos transforma para melhor.

Grande quantidade de espíritas, antigos de casa e de doutrina, nada fizeram em prol de ambas, mantendo-se apenas no papel de velhos vampiros a sugarem os benefícios das instituições, sem ofertarem a elas nada de bom, ou de proveitoso, em agradecimento às inúmeras bênçãos que delas receberam nestes longos anos, enquanto outros tantos novos nas casas ou na doutrina, já fizeram e fazem por ambas no curto período de freqüência na instituição que laboram muito mais que os velhos "freqüentadores perfeitos". É claro que não estamos querendo generalizar este comportamento, visto que conhecemos outros tantos trabalhadores antigos na doutrina e em suas instituições que são reconhecidamente verdadeiros esteios para as casas a que se dedicam.

Por isso, antes de taxarmos alguém de melindroso, procuremos verificar se o nosso personagem não é mais uma vítima dos “donos” das casas espíritas, dos “donos” da verdade, dos pseudo-sábios, que chegam como quem não quer nada e nos falam de maneira mansa e humilde: “eu fui falar com o companheiro e ele se chateou, ou ficou melindrado, ou se ofendeu, etc.”, pois, pode muito bem ser, que esse nosso irmão do qual ouvimos tais conceitos, seja na verdade um ser humano como nós outros, sensível, e com sentimentos normais como qualquer pessoa de bem que foi desrespeitado, ofendido, e até mesmo humilhado.

Diante de uma situação dessas, paremos e analisemos friamente: Será que na verdade foi isso mesmo que se passou? Será que o trabalhador de quem se está falando é desse tipo de pessoa? Será que foi desse modo tão carinhoso, educado que o nosso SANTINHO informante procedeu com a criatura que não está naquele instante presente?

Que não mais nos deixemos levar por esse tipo de comentários a respeito de quem quer que seja, e tenhamos a certeza de que assim como procedem em ralação aos outros, também agirão conosco, na primeira oportunidade que tiverem, bastando para tanto que externemos nossas idéias em desacordo com a deles, e procuremos entender que são na verdade irmãos doentes, merecedores de tratamento pela aplicação adequada da evangelhoterapia, e que devemos todos nos empenhar em ajudar em seu tratamento para que envolvidos pelas nossas vibrações de amor possam lograr a recuperação de sua saúde psíquica harmonizando-se e encontrando o equilíbrio que só o amor devidamente praticado pode nos conceder.

Que Jesus nos ampare e inspire hoje e sempre!
JFCR.