O dicionário da língua portuguesa nos define a palavra cooperar como sendo: Operar juntamente com alguém; contribuir ajudando, auxiliando outras pessoas.
É muito importante saber que não somos autossuficientes em tudo, e dessa forma, precisamos dos outros tanto quanto os outros precisam de nós, porque verdadeiramente somos todos interdependentes, por isso mesmo, a cooperação é fator essencial para a harmonia e o bem estar de todos nós.
Quando falamos em cooperação, estamos nos referindo ao cuidado e interesse que precisamos desenvolver pela pessoa do outro, por suas dificuldades e necessidades, procurando, ao nível de nossas possibilidades, prestar-lhe auxílio, estendendo mãos amigas, contribuindo de forma positiva na resolução das questões que o afligem, exercitando a cordialidade e a alegria de ser útil.
Urge compreender que fazemos parte de uma só família perante as Soberanas Leis que regem nossos destinos na Terra, com deveres mútuos de assistência, o que nos proporciona angariar amizades e demonstrações de carinho e respeito daqueles a quem ofertamos nossa solidariedade. Porque querendo ou não, o intercâmbio de experiências e conhecimentos é essenciais para o desenvolvimento de nossas potencialidades intelectuais, morais e espirituais.
Dessa forma, tenhamos a certeza de que melhorando o ambiente nos relacionamentos entre aqueles na qual a Providência Divina nos situou, estaremos desenvolvendo à nossa volta um clima de fraternidade, de união e confiança, eliminando os conflitos e divergências que aos poucos diminuirão ou até mesmo deixarão de existir.
Na página abaixo, temos uma linda lição a respeito da colaboração.
“Um crente sincero na Bondade do Céu, desejando aprender como colaborar na construção do Reino de Deus, pediu, certo dia, ao Senhor a graça de compreender os Propósitos Divinos e saiu para o campo.
De início, encontrou-se com o Vento que cantava e o Vento lhe disse:
— Deus mandou que eu ajudasse as sementeiras e varresse os caminhos, mas eu gosto também de cantar, embalando os doentes e as criancinhas.
Em seguida, o devoto surpreendeu uma Flor que inundava o ar de perfume, e a Flor lhe contou:
— Minha missão é preparar o fruto; entretanto, produzo também o aroma
que perfuma até mesmo os lugares mais impuros.
Logo após, o homem estacou ao pé de grande Árvore, que protegia um poço d’água, cheio de rãs, e a Árvore lhe falou:
– Confiou-me o Senhor a tarefa de auxiliar o homem; contudo, creio que devo amparar igualmente as fontes, os pássaros e os animais.
O visitante fixou os feios batráquios e fez um gesto de repulsa, mas a Árvore continuou:
— Estas rãs são boas amigas. Hoje posso ajudá-las, mas depois serei ajudada por elas, na defesa de minhas próprias raízes, contra os vermes da destruição e da morte.
O devoto compreendeu o ensinamento e seguiu adiante, atingindo uma grande cerâmica.
Acariciou o barro que estava sobre a mesa e o Barro lhe disse:
– Meu trabalho é o de garantir o solo firme, mas obedeço ao oleiro e procuro ajudar na residência do homem, dando forma a tijolos, telhas e vasos.
Então, o devoto regressou ao lar e compreendeu que para servir na edificação do Reino de Deus é preciso ajudar aos outros, sempre mais, e realizar, cada dia, algo mais do que seja justo fazer.” (1)
É bom pensar nisso!
Francisco Rebouças
Referências Bibliográficas:
(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito Meimei, Livro: Pai Nosso – cap. 13.