Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

domingo, 28 de junho de 2020

Estudando o espiritismo

O Espiritismo tem conseqüências tão graves, e toca questões de uma tão grande importância, dá a chave de tantos problemas, nele haurimos, enfim, um tão profundo ensinamento filosófico, que ao lado disso, uma mesa girante é uma verdadeira infantilidade.

A observação dos fatos sem o raciocínio é insuficiente, dizemos, para conduzir a uma convicção completa, e é de preferência àquele que se declarasse convencido por um fato que não compreende, que se poderia taxar de leviandade; mas essa maneira de proceder tem um outro inconveniente, que é bom mencionar, e cada um de nós pôde testemunhar, é a mania da experimentação, que lhe é a conseqüência natural. Aquele vê um fato espírita sem dele ter estudado todas as circunstâncias, geralmente, não vê senão o fato material, e desde então o julga sob o ponto de vista de suas próprias idéias, sem pensar que fora das leis conhecidas pode, e deve, haver leis desconhecidas.

Fonte: Revista Espírita – Julho/1859.

O Espiritista.

domingo, 21 de junho de 2020

Na presença do amor

“Aquele que ama a seu irmão está na luz e nele não há escândalo.” João. (1ª Epístola de João, 2:10.)
Quem ama o próximo sabe, acima de tudo, compreender. E quem compreende sabe livrar os olhos e os ouvidos do venenoso visco do escândalo, a fim de ajudar, ao invés de acusar ou desservir.
É necessário trazer o coração sob a luz da verdadeira fraternidade, para reconhecer que somos irmãos uns dos outros, filhos de um só Pai.
Enquanto nos demoramos na escura fase do apego exclusivo a nós mesmos, encarceramo-nos no egoísmo e exigimos que os outros nos amem. Nesse passo infeliz, não sabemos querer senão a nós próprios, tomando os semelhantes por instrumentos de nossa satisfação.
Mas se realmente amamos o companheiro de caminho, a paisagem de vida se modifica, de vez que a claridade do amor nos banhará a visão.
Ama, pois, e assim como a lama jamais ofende a luz, a ofensa não mais te alcançará. 
Saberás que a miséria é fruto da ignorância e auxiliarás a vítima do mal, nela encontrando o próprio irmão necessitado de apoio e entendimento.
Aprenderás a ouvir sem revolta, ainda mesmo que o crime te procure os ouvidos, e cultivarás a ajuda ao adversário, ainda mesmo quando te vejas dilacerado, porque o perdão com esquecimento absoluto dos golpes recebidos surgirá espontâneo em teu espírito, assim como a tolerância aparece natural na fonte que acolhe no próprio seio as pedras que lhe atiram.
Ama e compreenderás.
Compreende e servirás sempre mais cada dia, porque então permanecerás sob a glória da luz, inacessível a qualquer incursão das trevas.

Livro: Fonte viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

terça-feira, 16 de junho de 2020

Pedir ajuda, e esperar com paciência!

São inúmeras as dúvidas que nos assaltam em diversas oportunidades, em que precisamos decidir sobre assuntos importantes que certamente trarão mudanças significativas em nossas vidas.   

Então, nos lembramos imediatamente de recorrer aos Amigos do Mundo Maior, com a velha mania de pressa e com a conhecida certeza de que somos merecedores de toda atenção. Mas quando constatamos que as respostas da Providência Divina, não nos chegam com a velocidade que esperamos, ficamos simplesmente decepcionados ou até mesmo revoltados. 

Chegamos muitas vezes a pensar que estamos esquecidos e desprezados pelos Espíritos Superiores, não parando para pensar que somos nós que precisamos iniciar a resolução do problema sem jogar a responsabilidade nos ombros dos outros.  

É preciso saber que absolutamente nenhuma de nossas rogativas, endereçadas às forças superiores da vida ficam sem resposta, nenhuma prece feita com o coração deixa de apresentar seus resultados, nenhum pedido que formulemos ao Alto deixa de ser apreciado pelos prepostos do Mestre de Nazaré que farão o que for permitido pela Lei Superior no momento exato.  

O que nos falta em situações como estas, é ter olhos de ver e ouvidos de ouvir, pois, envoltos por uma profunda cegueira das coisas da alma, pensamos que o melhor para nós é o que queremos que aconteça naquele justo momento, e, se assim não acontecer passamos a agir como verdadeiras crianças aborrecidas, desequilibradamaldizendo e blasfemando contra tudo e contra todos.  

As crises gerais, que procedem da insegurança individual, são, por sua vez, responsáveis por mais altas e expressivas somas de desconforto, insatisfação, instabilidade emocional do homem, formando um círculo vicioso que se repete, sem aparente possibilidade de arrebentar as cadeias fortes que o constituem”. (1) 

Urge entender que não temos o direito de exigir dos emissários Divinos, que nos obedeçam às ordens, como cobramos de um serviçal o cumprimento de nossos caprichos para os quais estamos pagando. Não somos ainda suficientemente capazes de entender que, na grande maioria das vezes, os acontecimentos que tanto nos infelicitam a vida são obras do nosso modo de viver, são frutos de nossas más escolhas que privilegiam quase sempre os prazeres fugidios e ilusórios da matéria. 

“O homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os seus momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir emoções e reparti-las, distribuir conquistas, ceder espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas outras vierem envolver-se na sua área emocional”. (2)   

Necessário se faz desenvolver as virtudes do Espírito Imortal, deixando surgir o homem novo que dormita no imo de nosso Ser, e trabalhar sem esmorecimento no bem, entendendo que os obstáculos que não fizemos por merecer nesta ocasião, como sendo a parte que constitui o nosso ajustamento com a Lei de Causa e Efeito que rege o destino das criaturas no mundo, com seus mecanismos naturais em nome da Justiça Maior que determina “que a cada um seja concedido segundo as suas obras”.  

Aprendamos definitivamente a interpretar com sabedoria as respostas divinas, que em tudo nos atenderá de conformidade com nossas necessidades reais em consonância com os necessários merecimentos, e não segundo os nossos caprichos.   

Pensemos nisso com toda atenção! 

Referências:

(1) Xavier, Francisco Cândido, Livro Pão Nosso, Cap. 14, pelo Espírito Emmanuel; e 

(2) Idem, Idem. 

Francisco Rebouças 

UMEN, nosso refúgio de Paz!

AH! Se soubesses companheiro amigo,

O que significa esse templo bendito

Estarias radiante e convencido,

Das finalidades superiores desse nosso Abrigo.

 

A espiritualidade amiga, há muito planejava

Realizar esse grandioso projeto,

Trazer para as necessidades de nossa Terra

Um local para atendimento direto.


Assim, inspirou aqueles alegres jovens

Que logo entenderam o recado

E eis que surge a UMEN.

Para realizar esse sonho, bastante aguardado.


Em nossa casa espírita, de muita realização,

Ontem hoje e amanhã, o trabalho seguirá

Atendendo nosso compromisso diante da Lei de Amor

Fundamentado no exemplo do nosso Mestre e Senhor.


Sabedores de que somos discípulos de Jesus

Ergamos nossos melhores recursos,

Intelectual, moral e espiritual

Fazendo brilhar casa vez mais, a chama dessa pujante Luz.


Tarefeiros de ontem, hoje amanhã e sempre

Tenhamos a convicção, da responsabilidade que temos

De zelar por essa oficina de aprimoramento,

Porque os benefícios são muito superiores ao que vemos.


Que Deus, Jesus e os seus prepostos,

Ao nosso lado estejam por toda a vida,

Orientando aprimorando e abençoando

Cada irmão a executar com amor, esmero e alegria sua lida!


Francisco Rebouças.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

O QUE MAIS SOFREMOS

O que mais sofremos no mundo –
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar-lhe os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflições que criamos,
desenvolvemos e sustentamos contra nós.

Espírito: ALBINO TEIXEIRA
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: "Passos da Vida" - EDIÇÃO IDE

terça-feira, 2 de junho de 2020

COM O EVANGELHO

João De Deus
São Paulo, 29-3-37.

Sobre o mundo de dor e de agonia,
Toda a ciência de paz, de amor e luz,
Somente encontrará a sabedoria,
No sublime Evangelho de Jesus!

A existência terrestre é como a cruz
Que a alma leva na estrada erma e sombria,
Estrada dolorosa que a conduz
Ao reino da verdade e da harmonia.

Sem o labor divino do Evangelho
Toda a ciência do mundo é a do homem velho
Preso aos grilhões das sombras do mal;

Somente com Jesus, com o Seu exemplo,
Pode-se edificar o eterno templo
Da infinita ciência universal.

Livro:Lira Imortal
Chico Xavier/Espíritos Diversos

O VALOR DA ORAÇÃO

A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue a obsessão.
Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte.
Em algumas ocasiões, por isso, condenava o menino a vários dias de fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À tarde, na hora da prece, encontrou a mãezinha desencarnada que lhe perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.
— Então, a senhora não sabe — explicou o Chico — tenho passado muita fome.
— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João de Deus — menino guloso tem sempre indigestão.
— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa...
A mãezinha abraçou-o e recomendou:
— Continue na oração e espere um pouco.
O   menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um grande cão da rua penetrou o quintal.
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso...
Chico recolheu, alegre, O pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a mãezinha ao seu lado, acrescentando.
—  Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
—        Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão pode nos ajudar, em nome de Jesus.

Livro: LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER
RAMIRO GAMA.