Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

domingo, 25 de novembro de 2018

Os desafios são necessários e inevitáveis!

Desde a chegada do Consolador Prometido por Jesus que é possível observar em nosso planeta o progresso dos espíritos que retornam do mundo espiritual para mais uma etapa reencarnatória em nosso planeta, comprovando que também no mundo espiritual recebemos atenção e preparo para retornarmos a este planeta bem mais preparados para cumprirmos o que escolhemos realizar na vida física em mais uma etapa do caminho evolutivo que precisamos palmilhar.
A esse respeito, a doutrina espírita, com sua mensagem esclarecedora e consoladora muito contribui dando-nos a certeza pela fé raciocinada de seus postulados, que a felicidade é questão de trabalho individual de burilamento de cada espírito, deixando assim, a cada um dos seres humanos a responsabilidade de trabalhar em seu próprio benefício, colaborando dessa forma para o progresso e aperfeiçoamento da humanidade como um todo.
No Cap. XVIII, São Chegados os Tempos, do livro A Gênese, de Allan Kardec, podemos ter explicações convincentes de como tudo isso verdadeiramente ocorre, conforme segue.
CAPÍTULO XVIII

A geração nova

  1. – Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a mundos daquela ordem, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido, tendo por missão fazê-las avançar. Substitui-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
A Terra, no dizer dos Espíritos, não terá de transformar-se por meio de um cataclismo que aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das coisas.
Tudo, pois, se processará exteriormente, como sói acontecer, com a única, mas capital diferença de que uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra aí não mais tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado e propenso ao bem.
Muito menos, pois, se trata de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de Espíritos. Sem dúvida, neste sentido é que Jesus entendia as coisas, quando declarava: «Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que estes fatos tenham ocorrido.» Assim decepcionados ficarão os que contem ver a transformação operar-se por efeitos sobrenaturais e maravilhosos.
  1. – A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares.
Têm ideias e pontos de vista opostos às duas gerações que se sucedem. Pela natureza das disposições morais, porém sobretudo das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.
Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, juntas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anteriorNão se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as idéias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.
O que, ao contrário, distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a revolta contra Deus, pelo se negarem a reconhecer qualquer poder superior aos poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os sentimentos anti-fraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.
Desses vícios é que a Terra tem de ser expurgada pelo afastamento dos que se obstinam em não emendar-se; porque são incompatíveis com o reinado da fraternidade e porque o contacto com eles constituirá sempre um sofrimento para os homens de bem. Quando a Terra se achar livre deles, os homens caminharão sem óbices para o futuro melhor que lhes está reservado, mesmo neste mundo, por prêmio de seus esforços e de sua perseverança, enquanto esperem que uma depuração mais completa lhes abra o acesso aos mundos superiores. ¹
Como bem podemos ver também nós, fazemos parte desse processo de transformação da Terra, substituímos irmãos nossos que voltaram à pátria espiritual quando de nossa chegada. Reencarnamos com objetivos bem traçados de melhoramento e aperfeiçoamento das virtudes inerentes ao nosso Ser imortal, com toda a orientação haurida nos estabelecimentos de ensino e preparo do mundo espiritual, e, que por essa razão temos responsabilidades enormes para com o desenvolvimento intelectual e moral nossa sociedade.
Urge entendamos definitivamente que, não estamos aqui simplesmente para “curtir a vida” de forma desinteressada e irresponsável e sim, para realizarmos as propostas superiores de trabalho com as quais nos comprometemos em prol do progresso e da felicidade nossa e de todos os habitantes do nosso abençoado planeta.
Não nos esqueçamos da responsabilidade que nos está destinada nesse momento tão importante de nossas vidas, agindo acima de qualquer capricho pessoal, com a convicção de que podemos fazer a diferença, sedimentados na fé raciocinada que desfrutamos e na certeza de que Deus está no comando de tudo e amando incondicionalmente cada um dos seus filhos.
Referência:(1) Kardec, Allan – A Gênese, FEB 36ª edição. Cap. XVIII – itens, 27 e 28.
Nota do autor: 
Grifos nossos.
Francisco Rebouças