terça-feira, 16 de outubro de 2018
Sem soberba!
A humildade deve ser uma meta a ser alcançada por todo o seguidor da filosofia espírita. Deve fazer parte constante da busca do indivíduo pelo desenvolvimento das virtudes ínsitas em seu mundo íntimo.
Em todas as atividades que tomar parte, na família, no trabalho, na sociedade, e até mesmo nas atividades de cunho religioso, também deve o discípulo de Jesus evitar alarde, sensacionalismo, demonstrações públicas pretensiosas ou métodos de ação suscetíveis de perturbar a tranquilidade alheia, agindo de forma respeitosa, simples e ordeira.
Nas atividades espíritas doutrinárias, usar de compreensão e temperança diante daqueles que não conseguem compreender a mensagem esclarecedora e libertadora contida nos postulados espíritas, respeitando a todos sem depreciar crenças ou sentimentos. Os ignorantes da verdade são os que mais precisam de nossa compreensão e ajuda.
Promover e incentivar o relacionamento fraterno entre as pessoas independentemente de suas opções religiosas, nas reuniões sociais, com a promoção de eventos para essa finalidade, colaborando para a pacificação e o bom relacionamento entre os irmãos de crenças diferentes da nossa, contribuindo para a permuta de experiências positivas e trabalhando para o progresso de toda a comunidade.
Evitar discussão sobre temas polêmicos e sem proveito para o bom convívio, buscando transmitir sempre e com fidelidade as lições hauridas do Consolador, de maneira clara, simples e objetiva, para que seja facilmente absorvida por todos aqueles que ainda não tenham maiores conhecimento dos princípios espíritas, através das atitudes exemplares de equilíbrio e dignidade.
“O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.
Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.
Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas.
É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.
Cada boa ação que você pratica é uma luz que você acende em torno dos próprios passos.
Quem fala menos ouve melhor e quem ouve melhor aprende mais.” (1)
Falar menos e agir mais, evitando sempre desviar das finalidades primordiais das propostas contidas no Evangelho de Jesus sobre o progresso moral espiritual do Ser imortal que somos, alertando ao aprendiz que as coisas materiais embora essenciais em nosso atual estágio não podem ter mais importância para nós que as relacionadas à nossa finalidade de pureza e felicidade às quais estamos destinados.
Usar de prudência quando utilizar expressões verbais que indiquem hábitos, práticas, ideias políticas, sociais ou religiosas contrárias ao pensamento espírita, quais sejam sorte, acaso, sobrenatural, milagre e outras, agindo em qualquer circunstância, com calma e compreensão esclarecendo a todos com paciência e seriedade sobre o entendimento da doutrina espírita em relação aos assuntos citados.
Atentar para o fato de que não podemos ter pressa, nem demonstrar qualquer atitude de ansiedade ou intolerância no tocante à modificação imediata do ponto de vista dos companheiros, isto porque, nem todos estão no mesmo nível de compreensão e entendimento e, por isso mesmo, é necessário nos mantermos calmos e convictos de que o desenvolvimento da fé em qualquer indivíduo é fruto de trabalho de paciência.
Urge trabalhemos incansavelmente na divulgação da mensagem cristã, mas não nos é lícito esquecer que a principal propaganda do nosso trabalho é exatamente aquela que demonstramos em nossos atos, comprovando, dessa forma, que falamos de algo que já nos preocupamos em praticar, a nossa urgente e inadiável reforma íntima, fundamentada nos ensinos e exemplos daquele que representa para nós o Modelo e Guia a ser seguido.
Referência:(1) Xavier, Francisco Cândido, pelo Espírito André Luiz – Livro: Sinal Verde, cap. 39.
Francisco Rebouças
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