Chico Xavier/Emmanuel
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
A CHEGADA
Emmanuel
Chico Xavier/Emmanuel
Como podes precisar o
momento que te assinalou a entrada no mundo, não podes
ignorar que uma hora
surgirá em que deves sair dele.
Não olvides que o minuto de
volta será minuto de ajustamento na Contabilidade da Vida.
Lembra-te de quantos
conhecem a amargura dos que desertam do caminho que a vida lhes traça, quando
fogem das próprias obrigações, a fim de que te não falte bom ânimo à necessária
preparação ante o inelutável regresso.
O operário que lesa a
oficina do próprio pão, o homem representativo que cai no suborno e o estudante
frustrado, após longo tempo de esperança
e lição, ofertam no desespero que os martiriza, singela imagem de
quantos se retiram do Plano Físico desalentados e irredimidos, carregando em si
mesmos o fardo do tempo perdido, quando não sorvem, a cada instante, largas
taças de fel que a incompreensão de parentes e afeiçoados lhes impõem, à face
dos problemas e aflições que deixaram na retaguarda.
Legiões enormes de
semelhantes aprendizes vagueiam sem rumo, tolerando os golpes que lhes são
desfechados por lares e tribunais em que se congregam familiares e amigos a lhe
reclamarem a exação dos compromissos que desprezam, acreditando-se impunes.
Recorda que amanhã ser-te-á
naturalmente solicitada a conta justa do hoje e que a morte, em te ocultando a
forma física, não te forrará o espírito ao testemunho inconteste das próprias
ações, no qual, de retorno à imortalidade, receberás, em reação compulsória, o
fruto da semente que cultivaste, expressando-te a paz ou a insegurança, a
alegria ou a dor, o inferno ou o céu, segundo tua lavoura de preguiça ou
trabalho, luz ou treva, mal ou bem.
Livro: Linha 200Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças
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