Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

domingo, 27 de julho de 2014

PERANTE DEUS

Emmanuel

Se houve alguém na terra com autoridade suficiente para definir o Supremo Criador do Universo, esse alguém foi Jesus, que O representava, sublime, à frente da humanidade.

Entretanto, para desincumbir-se da divina missão de revelá-Lo a nós outros, não se perde em cogitações da inteligência, de vez que a inteligência é fatalmente constrangida a renovar-se, todos os dias.

Nem presunção.

Nem retórica.

Nem violência.

Nem fantasia.

O Mestre Inolvidável serviu apenas, elegendo o amor puro e irrestrito, a força de sua mensagem inesquecível.

De todas as criaturas busca a melhor parte para exalçá-las à gloria excelsa.

Doutrinando os doutores do Templo, não lhes menospreza a cultura. Apenas esclarece-os.

Em contato com Zaqueu, não lhe amaldiçoa os haveres. Auxilia-o a usá-los.

Junto a Madalena, não lhe vergasta a condição de mulher sofredora. Soergue-lhe o bom ânimo.

Ao pé dos enfermos de todos os matizes, não lhes destaca os erros e compromissos.

Ajuda-os, simplesmente.

Sofrendo a negação de Pedro, não lhe condena a atitude. Espera a hora justa de ampará-lo com segurança.

Perseguido por Saulo, não lhe arroja a alma ardente aos pântanos infernais.

Procura-o com bondade e transforma-o no bem.

É que somente através do amor realizado e vivido conseguiremos, de alguma sorte, sentir a grandeza do Autor de Nossos Dias.

E é ainda por essa razão que o próprio Jesus, convidado pelos discípulos a estabelecer uma norma de oração, no campo da Boa Nova, Ele que trazia das Esferas Resplandecentes a luz da eterna sabedoria, limitou-se à reverência e ao amor, ao respeito e á confiança, definindo Deus, a Causa de Toda Vida, como sendo Nosso Pai.


Livro: Cura
Chico Xavier/Espíritos Diversos

Francisco Rebouças



sábado, 26 de julho de 2014

Reuniões públicas em Winterthur - Suíça

Reuniões públicas
Salão de palestras

O CEEAK
realiza suas reuniões abertas ao público nos seguintes dias:

- às terças-feiras, das 19h às 20:30h.
(palestra e passe) e
- aos domingos, com palestras das 10:30h às 11:30h.
e passes após as palestras.
 
 
 
O Espiritista

sexta-feira, 25 de julho de 2014

CRISTO E NÓS

E disse-lhe o Senhor em visão:- Ananias! E ele respondeu: -Eis –me aqui, Senhor!" - (ATOS, 9:10).
 
Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens.
Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas.

O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida; uma assembleia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária.
 
E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, Junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a colaboração ativa dos corações de boa-vontade.
 
Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo.
 
Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recém convertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo.
 
"Ide e pregai".
"Eis que vos mando".
"Resplandeça a vossa luz diante dos homens".
"A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros".
Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana.
 
Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre.
Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem.
 
Cristianismo significa Cristo e nós. 
 
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Renascimento Espiritual

                                                                                Luiz Antonio Corrêa de Lacerda 
Meus amigos, meus irmãos, Jesus nos abençoe e ilumine.
Congregados à luz da Clemência divina, vivemos confortador período de luz renovadora, nesta casa de fé vibrante e pura, consagrada ao espiritualismo com o Divino Mestre.
Refiro-me, em nome de vários companheiros, às novas edificações que os aprendizes do evangelho em Leopoldina vão concretizando com a inteligência associada ao coração.
 
As sementes do cristianismo, jamais perecem. Muita vez, atravessam ciclos seculares no caminho dos povos, parecendo estagnadas e mortas.
Demoram, em muitas circunstancias, aparentemente raquíticas e anônimas, na senda evolutiva das coletividades, tanto quanto, por vezes, na esfera dos indivíduos. Surge, porém, o instante sublime do renascimento espiritual e a planta celeste germina e cresce na Terra, espalhando flores de esperança e produzindo fruto de paz e amor santificantes.
 
Este – o nosso caso.
Quem viveu o entusiasmo dos primeiros dias continua convosco no trabalho reconstrutivo em bases mais sólidas, pugnando pela materialização mais extensa de nossos ideais.
 
Em outro tempo, seduzia-nos o fenômeno que imperava em nossos círculos de crença e discussão filosófica. Pretendíamos talvez atingir objetivos superiores, mergulhados nos ângulos inferiores do serviço.
Nossas investigações visitavam o campo externo e, à frente do idealismo regenerador que o Espiritismo nos impunha, gastávamos o tempo nas ilações de ordem doutrinária e a hora passou, surpreendendo-nos distraídos.
 
O Plano Espiritual aguardou-nos com a verdade imutável. A vida real não se modificava para favorecer-nos com a graça a cuja obtenção não fizéramos jus.
Entendemos, então, que a fé abraçada não se constituirá de ornamentos verbalísticos ou de meros títulos pessoais, garantindo-nos ingresso nas assembleias da espiritualidade elevada.
A Doutrina – reconhecemos – é acima de tudo campo de trabalho e escola dos sentimentos.
 
Multiplicamos esforços e dilatamos ações no sentido de acordar os amigos que permaneciam a distancia.
Como aconteceu ao Rico da Parábola, nós que fôramos abastados senhores do intelectualismo, suplicamos, em vão, a oportunidade de voltar imediatamente à nossa família no ideal, de modo a despertar-vos.
 
Outros companheiros de experiência humana classificados entre nós em dias recuados, à conta de mendigos da inteligência, banqueteavam-se à plena luz,mas, embora nosso desejo de voltar precipitadamente à instituição domestica, a fim de anunciar-vos diferentes novas, foi necessário construir recursos e merecer a ocasião de falar-vos mais diretamente.
De alguns poucos anos a esta parte, nossa foi meta foi abraçada.
O centro abençoado de nossos estudos retornou ao caminho de verdadeiro amor ao próximo com o Mestre dos Mestres.
 
Despertos e compreensivos, nossos companheiros abriram a consciência ao influxo da luz divina.
Reabilitamos o nosso roteiro de espiritualidade e aqui estamos, meus irmãos, para reafirmar-vos que Espiritismo sem Evangelho sentido e vivido, no santuário íntimo de cada um, pode apresentar admirável movimento de ideias, todavia, sem alicerces de renovação do espírito para as realidades da vida.
 
Mais que nunca, é indispensável atender à nossa fé, através de prismas diferentes.
Cessem as indagações despropositadas, sejam atenuados os conflitos da interpretação, diminuam-se as manifestações puramente intelectualistas sem obras sérias da crença consoladora em nós mesmos e incentive-se, acima de tudo, a iluminação de cada um de nós ao sol imperecível da Revelação Divina.
 
Com isto, não pretendemos extinguir o manancial da inteligência.
Sabedoria e amor são as duas asas da alma para o voo supremo às Esferas Supremas da Divindade.
 
Decretar menosprezo à ciência fora imperdoável loucura.
Entretanto, urge reconhecer que o nosso campo é tão profundamente rico de dádivas espirituais que o perigo da fascinação e da cegueira assedia a todos aqueles que empreendem a jornada para a Humanidade Redimida.
 
Convenhamos, assim, que temos agora nossos passos acertados.
Caminhai, meus amigos, sob o estandarte de fraternidade, convictos de que Jesus lança sobre nós a sua bênção edificante.
Não vos descentralizeis, em face da nossa necessidade de concentração em Cristo Jesus.
Provavelmente, na atualidade, é impossível conhecerdes tudo...
Sois, como acontece a nós, caminheiros da Vida Eterna, trabalhadores do Verbo, Infinito em Amor e Sabedoria, no campo finito de nossas limitações.
 
Dia virá, porém, meus irmãos, em que penetrareis o passado e os imperativos que nos congregam agora, e juntos, marcharemos para o Senhor, entoando novos cânticos de esperança.
Até lá, meus amigos, prossigamos unidos na fé e na solidariedade, amando-nos uns aos outros e estendendo nossa dedicação à extensa família humana que o Pai nos conferiu.
 
        Não vos firam espinhos e pedras da estrada.
Mais iluminados, sereis mais fortes que os predecessores na senda.
Um dia, lançamos a boa semente e esquecendo as linhas fundamentais da obra eterna, não reparamos que o cipoal da ilusão nos asfixiava o trabalho...
 
       Vós, no entanto, sustentados pela luz do Verbo Celestial, recomeçastes a construção do templo de nossa fé e, amparados uns aos outros, consagrá-lo-emos à glória do eterno no recanto planetário em que tivemos o júbilo de acordar para Deus.
Que Ele nos ampare a todos, auxiliando-nos a servir em seu nome até a vitória final.
 
(mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, dirigida a um grupo de amigos, no Centro Espírita “Amor ao Próximo”, em sessão pública de 1º de julho de 1947, em Leopoldina, Minas)
 
Livro: Abençoa Sempre
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
Francisco Rebouças

quinta-feira, 10 de julho de 2014

BRASIL HOJE

Castro Alves  

Foge o século da Luz.
Escoam-se dois milênios
de santos, heróis e gênios
com Cristo ensinando o Amor;
Mas o ódio continua
e agarra-se ao chão da guerra
por monstro devorador.
 
A Inteligência remoça
a ideia da Liberdade,
sem que o poder a degrade,
também mitos, caem reis.
No entanto, quando se esboça
a união de povo a povo,
explode a guerra de novo,
de novo quebrando as leis.
 
Desde Atenas se promove
um mundo claro e perfeito;
Roma estatui o Direito,
mas varrendo a floração
da França de Oitenta e Nove,
rugem na grande chacina
o terror, a guilhotina

e as batalhas da opressão. 
 


Aos clarões da Nova Era,
milhões de cérebros agem;
A Ciência quer passagem
para acender o Porvir;
O tempo ávido espera,
o atrito vibra no ar,
o mundo roga: "Avançar!..."
Clama a guerra: "Destruir!".
 
Tanto progresso se espalha,
agiganta-se a Cultura,
a Terra sofre, insegura,
no temor do próprio fim.
Contudo, sobre a metralha,
Cristo, na luz que ele encerra,
repete às nações da Terra:
"Amai-vos e vinde a mim!...",
 
Espíritos Benfeitores
no Brasil, perante o mundo,
tocados de amor profundo,
retornam do Grande Além
e, entre ocultos resplendores,
dissolvem taras primevas,
rompendo os grilhões das trevas

na forja viva do Bem!


Por isto, agora, ante a luta
que em fogo se reinicia,
sonhando nova harmonia
na fé que se nos refaz,
de pólo a pólo se escuta,
onde o futuro da Esperança
pertence ao Brasil da Paz!...

(Mensagem recebida em reunião pública do Centro Espírita União, na noite de 15 de outubro de 1980, na capital de São Paulo, estado de São Paulo).
 
Livro: União em Jesus
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
Francisco Rebouças
 


COMPAIXÃO

Emmanuel
Quando te ergueres em prece ao coração augusto e misericordioso do Pai Celestial, não olvides que ao redor de teus passos, ecoam as súplicas de milhões de seres implorando-te compaixão. 
Anota-lhes o tom de expectativa e de angústia e não desdenhes auxiliar. 
Aprende a guardar na acústica da própria alma a essência divina do amor infatigável para que a paciência e o sorriso te ensinem a recolher, sem alarde e sem queixa, todos os impactos do alheio sofrimento. 
Veste, cada dia, a túnica do entendimento e encontrarás, por toda parte, a ignorância e a penúria rogando-te amparo e compreensão. 
Observarás a dor de mil faces, estendendo-te as mãos, à procura da migalha de fraternidade e carinho. 
Aqui, mascara-se na forma de delinquência naqueles que não tiveram as tuas oportunidades de educação; adiante, surge na roupa espinhosa do desespero a que se acolhem os companheiros em provas amargas.
Ali, aparece-te com a fantasia da ilusão em todos os que não se apercebem da sua condição de usufrutuários da Terra, e, mais além destaca-se nas chagas de aflição dos que despertam sob as responsabilidades do ouro e do poder. 
Seja com quem for e seja onde for, compadece-te e ampara sempre. 
Observa que a própria Natureza, em todos os lugares, é um apelo vivo à tua misericórdia para que a vida alcance os fins a que se destina. 
A terra seca roga-te a bênção da água refrescante para que te possa doar os talentos do pão e da alegria; a árvore clama por teu devotamento a fim de produzir quanto deve em teu próprio benefício e o fruto verde espera por teu carinho, para não perecer em sua expectativa de maturação. 
Age e caminha, trabalha e serve, inspirando-te na compaixão que deves a todas as criaturas. 
Perdoa mil vezes antes de reprovar uma só e penetrarás os altos segredos do bem. 
Recordemos em quantas ocasiões necessitamos da compaixão do próximo para sanar os nossos erros e fazendo pelo bem dos outros aquilo que desejamos dos outros na preservação de nossa própria felicidade, avançaremos para a vanguarda de luz sob o amparo de Deus, cuja Infinita Bondade, encerra em nosso favor todas as bênçãos da compaixão imperecível . 
Livro: Viajor
Chico Xavier/Emmanuel 
Francisco Rebouças