sábado, 5 de abril de 2014
III - Escolha social e profissional
1 - Podemos avaliar as nossas existências
passadas, somente através de lutas e provações?
- Não nos
fala o pretérito exclusivamente através das provas que nos aguilhoam a vida.
2 - A profissão nos concede oportunidades de
reajuste?
-
Observamos as oportunidades de reajuste e aperfeiçoamento que o mundo nos concede
na esfera da profissão. A criatura renasce, gravitando para o campo de serviço em
que se lhe afinam disposições e tendências.
3 - A que critério obedece à colocação da
inteligência no campo profissional?
- Cada
inteligência é situada no lugar em que possa produzir mais e melhor.
4 - É a fatalidade que faz a pessoa escolher
determinada profissão?
-
Certamente que a situação da personalidade em determinada carreira não obedece
à fatalidade. Livre-arbítrio no mundo interior comanda sentimentos e ideias,
palavras e atos do Espírito, constantemente.
5 - Quando podemos renovar o destino?
- Todo dia
é tempo de renovar o destino.
6 - Podemos, sem dificuldade, renovar o
destino, hoje mesmo?
- Sim. Na
esfera dos deveres comuns, o Espírito granjeia, através de abnegações e serviço
espontâneo; valiosos recursos de ação, de modo a refundir, facilmente, os próprios
caminhos.
7 - A Lei Divina apresenta meios especiais de
proporcionar-nos corrigenda e libertação?
- Somos
defrontados nas atividades profissionais de hoje como antigos devedores da Lei,
chamados a funcionar no trabalho ou nas obras em que eles próprios faliram
ontem, com dilatadas possibilidades de obtenção do próprio resgate; quase
sempre aqueles mesmos junto dos quais se verificaram nossos próprios delitos ou
deserções em existências passadas. Em nosso benefício, a Lei nos faculta
empreendimentos e obrigações junto deles, a fim de que possamos antipatias e
inibições, respirando-lhes o clima e renteando-lhes a presença.
8 - O que fazem frequentemente, hoje, os
pensadores que ontem intoxicaram a mente popular?
-
Pensadores que antigamente corrompiam a mente popular com as depravações de espírito
já em via de auto burilamento, formam agora os professores laboriosos, aprendendo
a ministrar disciplinas, à custa do próprio exemplo.
9 - E os antigos conquistadores militares que
praticaram excessos?
- Tiranos
que não vacilaram em forjar a miséria física e moral dos semelhantes, na exaltação
dos princípios subalternos em que se envileciam, voltam, depois das medidas iniciais
da própria corrigenda, na condição de administradores capacitados à
distribuição de valores e tarefas edificantes.
10 - E os dominadores políticos que
dilapidaram a confiança do povo?
-
Políticos que dilapidaram a confiança do povo, quando já situados nas linhas do
reajuste, retornam, no comércio ou na agricultura, com valiosa oportunidade de
transpirar no auxílio àquelas mesmas comunidades que deprimiram.
11 - E os guerreiros e soldados?
-
Guerreiros e soldados que se valiam das armas para assegurarem imunidade aos instintos
destruidores quando internados na regeneração começante, transfiguram-se em mecânicos
e operários modeladores, dignificando o metal e a madeira que eles próprios perverteram
em outras épocas.
12 - E os carrascos rurais?
- Verdugos
rurais, agiotas desnaturados, defraudadores da economia pública e mordomos
do solo, convertidos em agentes do futuro, modificados ao toque do bem, volvem
na posição de servidores limitados da gleba, quando de sol a sol, no pagamento das
dívidas, a que se empenharam, imprevidentes.
13 - E as mulheres que se ocuparam da
maledicência e da intriga?
- Mulheres
distintas que se ocuparam da maledicência e da intriga, prejudicando a liberdade
e progresso, após reconhecerem os próprios erros, tornaram, em regime de transitório
cativeiro, ao recinto doméstico, aprisionadas em singelas obrigações, junto às caçarolas
e tanques de lavar.
14 - O que significa, enfim, para nós, o
trabalho que a Terra nos dá?
-
Refletimos na situação em que o presente nos coloca e encontraremos dentro dela
os sinais do passado e usando-a, na apenas em nosso favor, mas em favor de
todos aqueles que se aproximarem de nós, reconheceremos, no trabalho que a vida
nos oferece, iluminada porta libertadora para o grande futuro.
Livro: Leis de Amor
Chico
Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças
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