Em se tratando de reforma íntima:

“Fácil é dizer como se faz. Difícil é fazer como se diz. Precisamos fazer mais e dizer menos.

Francisco Rebouças.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A PORTA ESTREITA

Aceitemos a dificuldade por mestra amorável, se esperamos que a vida nos entregue os Seus tesouros.

Sem a porta estreita do obstáculo não conseguiríamos medir a nossa capacidade de trabalho ou ajuizar quanto à nossa fé.

As lições do próprio suor são as mais preciosas.

Os ensinamentos hauridos na própria renúncia são aqueles que se nos estampam na alma, no campo evolutivo.

Ouvimos mil conselhos edificantes e sorrimos, ante o fracasso iminente.

Basta, porém, por vezes, uma pequena dor para que se nos consolide a cautela à frente do perigo.

Com discernimento louvável improvisamos prodigiosos facilitários de felicidade para os outros, indicando-lhes o melhor caminho para a vitória no bem ou para a comunhão com Deus, entretanto, à primeira alfinetada do caminho sobre nossas esperanças mais caras, habitualmente, nos desmandamos à distância do equilíbrio justo, espalhando golpes e lágrimas, exigências e sombras.

Saibamos, no entanto, respeitar na “porta estreita” que o mundo nos impõe o socorro da Vida Maior, a fim de que possamos reconsiderar a própria marcha.

Por vezes, ela é a enfermidade que nos auxilia a preservar as vantagens da saúde, em muitas fases de nossa luta é a incompreensão alheia, que nos compele ao reajuste necessário; em muitos passos da senda é a prova que nos segrega no isolamento, impelindo-nos a seguir pela escada miraculosa da prece, da Terra para os Céus...
 
Por vezes o abandono de afeições muito amadas a impulsionar-nos para os braços de Cristo em variadas circunstâncias, é o desencanto ante a enganosa satisfação de nossos desejos na experiência física, inspirando-nos ideais mais altos e, em alguns casos, é a visitação da morte que nos abriga a refletir na imortalidade triunfante...

Por onde fores, cada dia, agradece a dificuldade que nos melhore e nos eleve à grande renovação.

Jesus não escolheu a larga avenida do menor esforço.

Da Manjedoura ao Calvário, movimentou-se entre os obstáculos que se transfiguraram para Ele em degraus para a volta ao Pai Celestial e, aceitando na cruz, a sua maior mensagem de amor à Humanidade de todos os séculos, legou-nos, com exemplo vivo, a porta estreita do sacrifício como sendo o nosso mais belo caminho de paz e libertação.
 
Livro: Abrigo
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças
 
 

domingo, 26 de janeiro de 2014

Não seja assim

PROCURE anular a parte inferior, para desenvolver a parte superior de seu ser.
Os antigos chamavam "centauros" àquele misto de homens na parte superior e cavalos na parte inferior do corpo.
Não seja assim.
Procure tornar-se totalmente homem, vencendo e dominando a parte inferior e animal de seu ser, para que apareça e sobressaia, apenas, a parte superior, inteligente e nobre.
 
 
Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino
 
 
Francisco Rebouças

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

AINDA

       Efetivamente, você ainda não resplande tanto quanto a luz, mas pode acender uma vela, afastando as sombras.

Não atingiu ainda os mais altos graus da sabedoria, no entanto, nada lhe impede articular uma frase de encorajamento, em auxílio aos que sofrem.

Não possui ainda a paz invariável, entretanto, você detém a possibilidade de fazer silêncio sobre o mal, afim de que o mal se transforme no bem, dentro do menor prazo possível.

Não conquistou ainda a alegria permanente, todavia, consegue endereçar um sorriso de simpatia aos que necessitam de esperança.

Não maneja ainda toda uma fortuna, de modo a construir, por si só, uma instituição de beneficência, contudo, pode doar um pão ao companheiro desamparado.

É provável que você se afirme, sem qualquer condição para fazer isso, no entanto, dispõe você do privilégio da ação. Trabalhando, você é capaz de servir e, servindo aos outros, em qualquer situação e em qualquer tempo, você pode começar.

Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.

Livro: Endereços de Paz
Chico Xavier/André Luiz

Francisco Rebouças